Embora Izuku Midoriya, também conhecido como Deku, seja o herói central de My Hero Academia, ele está praticamente ausente em My Hero Academia: Vigilantes. A decisão de não colocá-lo como protagonista nesta série paralela intriga muitos fãs do universo criado por Kohei Horikoshi e supervisado nesta obra por Betten Court e Hideyuki Furuhashi.
Em vez disso, a narrativa de Vigilantesaposta em personagens menos convencionais e não licenciados, explorando um cenário alternativo onde o heroísmo não segue os moldes tradicionais. Isso abre espaço para reflexões sobre as bordas do heroísmo e suas implicações fora das instituições oficiais.
O que você vai ler neste artigo
Panorama geral de My Hero Academia: Vigilantes
Lançado como um spin-off do mangá principal, Vigilantesse passa alguns anos antes dos eventos centrais de My Hero Academiae compartilha o mesmo universo. A obra acompanha Koichi Haimawari, que atua como um vigilante com o nome de The Crawler, e sua trajetória ao lado de outros personagens fora do sistema de heróis licenciados.
Diferentemente de My Hero Academia, onde a U.A. serve como centro de formação e desenvolvimento dos heróis profissionais, Vigilantesmostra como civis comuns lidam com dons (quirks), responsabilidade e justiça sem o amparo legal. A ausência de Deku se torna coerente com o foco descentralizado e mais maduro da narrativa.
Foco narrativo: outra perspectiva do heroísmo
Diferentes tipos de protagonismo
Deku representa o protótipo do herói idealista: alguém que deseja seguir regras, vencer obstáculos e inspirar os outros com coragem. Por outro lado, Koichi mostra um protagonismo mais realista. Ele não almeja fama nem grandes feitos. Seu papel é o do cidadão comum que age por necessidade, improviso e empatia.
Construção de um mundo paralelo
Vigilantesse propõe a expandir o universo de MHA, e para isso seria limitante manter Deku como centro da narrativa. O uso de personagens inusitados permite explorar áreas mais sombrias e menos conhecidas — como o submundo do crime e a lentidão das instituições oficiais na proteção de civis.
Temas mais adultos e obscuros
A história trabalha questões que extrapolam o escopo juvenil da série principal. Uso de entorpecentes mutagênicos, vigilância, corrupção e ética são parte do enredo. Um personagem como Deku, criado dentro de um código moral tradicional, não se encaixaria bem nesse contexto sem comprometer sua caracterização original.
Liberdade criativa e expansão do universo
Ao deixar Deku fora da linha de frente, os autores de Vigilantesgarantem liberdade criativa para estruturar novas ameaças, desenvolver personagens inexplorados e aprofundar a complexidade do universo sem exigir continuidade direta com a linha temporal de My Hero Academia.
Participações pontuais como estratégia de integração
Deku e outros rostos familiares aparecem ocasionalmente, mas de forma sutil. A presença de Eraserhead, All Might e até do jovem Shota Aizawa serve como elo entre os dois mangás. Essas aparições reforçam o pertencimento à mesma linha narrativa, mas sem sobrecarregar a história principal.
Koichi e a representatividade do herói comum
Koichi é o oposto de Deku em muitos aspectos: ele não é treinado, não busca reconhecimento e seu dom inicialmente pouco impressiona. Ainda assim, a forma como ele se dedica à segurança de sua comunidade o transforma em símbolo de resistência e valores silenciosos.
Um herói sem licença, mas com propósito
Mesmo agindo fora da legalidade, Koichi alimenta uma forte ética: ajudar onde puder, com o que tiver. Sua trajetória demonstra que o heroísmo genuíno não depende de uniforme ou título oficial, mas de ações consistentes em prol do bem-estar coletivo.
Impacto narrativo e relação com a obra principal
Apesar de ser um spin-off, Vigilantesacrescenta camadas fundamentais ao lore de My Hero Academia. A ausência de Deku amplia a reflexão sobre o que torna alguém um herói. Isso enriquece a obra principal, fornecendo contrapontos e novas formas de leitura do universo construído por Horikoshi.
No final, manter Deku à margem da trama permite que Vigilantesande com as próprias pernas, oferecendo aos leitores um retrato menos glamouroso, mas igualmente poderoso, do heroísmo cotidiano. Ao mostrar que nem todo herói nasce para os holofotes, a série reafirma que o senso de justiça pode florescer mesmo nas sombras.
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