Na introdução de Death Stranding 2, jogadores se deparam com uma escolha inusitada. O protagonista Sam pode recusar participar da missão proposta por Fragile, ativando uma curiosa sequência repetitiva.
Essa decisão, apesar de parecer séria, é apenas um easter egg divertido. Com o toque criativo característico de Hideo Kojima, a opção “I won’t do it” se torna uma piada interna para os fãs atentos.
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A introdução e a escolha inicial
Logo no início de Death Stranding 2 – On The Beach, o jogador é convidado a aceitar ou negar o recrutamento de Sam Bridges por Fragile para a organização Drawbridge. A opção de recusa, “I won’t do it” (“Eu não farei isso”), parece indicar uma escolha de peso, mas revela-se um artifício cômico.
Mesmo repetindo inúmeras vezes a resposta negativa, o jogo reinicia a cinematográfica introdução em loop, criando um efeito que lembra o clássico filme Feitiço do Tempo (Groundhog Day). O objetivo não é fornecer um final alternativo, mas sim brincar com as expectativas do jogador.
A assinatura de Kojima no design narrativo
Hideo Kojima é conhecido por romper a quarta parede e inserir elementos metalinguísticos em suas obras. Esse tipo de escolha, que aparenta alterar profundamente a narrativa mas acaba não tendo impacto real, já foi utilizado em outras produções do diretor, como na série Metal Gear Solid.
No caso de Death Stranding 2, o momento serve mais como homenagem aos jogadores curiosos e atentos. Em vez de punir quem tenta seguir por caminhos “errados”, o jogo responde com humor e estilo. Nenhum conteúdo relevante é bloqueado por essa decisão, tampouco ela ativa créditos ou uma conclusão precoce.
Apesar da liberdade aparentemente oferecida, essa opção serve para reforçar a linearidade e a intenção dirigida da história de Death Stranding 2 sem deixar de premiar a exploração comportamental do jogador.
Reações da comunidade e impacto na experiência
Usuários nas redes sociais e fóruns comentaram amplamente o easter egg, considerando-o uma das primeiras grandes surpresas do jogo. Muitos afirmam que o momento quebra a tensão esperada de uma grande decisão narrativa e dá um tom leve à abertura da aventura.
Além disso, a recepção crítica ao jogo reforça a ideia de que essas decisões criativas fortalecem a narrativa. A IGN avaliou Death Stranding 2 com nota 9/10, destacando que o título é “uma sequência triunfante que cumpre com louvor a promessa do original”.
Esse tipo de liberdade dirigida simboliza a forma como Kojima vê o papel do jogador – alguém que pode explorar, tentar subverter regras, mas que está, inevitavelmente, dentro do escopo de uma narrativa elaborada com precisão.
Confira a sequência completa em vídeo
Para quem ainda não viu, é possível assistir à sequência em que a opção “I won’t do it” é selecionada diversas vezes, revelando o looping hilariante até a aceitação forçada da missão.
https://www.youtube.com/watch?v=XXXX
Esse pequeno toque de irreverência mostra como Death Stranding 2 dá continuidade ao estilo inconfundível de seu criador, utilizando a linguagem dos jogos para surpreender e provocar reflexão, sem deixar de entreter desde os primeiros minutos.