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A história do primeiro mangá e anime do mundo

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A história do primeiro mangá e anime do mundo — Conheça o primeiro mangá e anime do mundo, a origem dessas artes japonesas que marcaram gerações globalmente.

Antes de grandes sucessos como Dragon Ball e Naruto conquistarem o mundo, o mangá e o anime traçaram uma longa trajetória até se tornarem fenômenos globais. Suas origens remontam ao Japão do século XIX e início do século XX.

De rabiscos espontâneos a peças animadas de poucos minutos, essas expressões artísticas carregam séculos de transformação visual e cultural até atingir o formato amplamente conhecido na atualidade.

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Origens do mangá: das xilogravuras ao entretenimento de massa

O nascimento do mangá moderno tem raízes no trabalho de Katsushika Hokusai, mestre da xilogravura do século XIX. Em 1814, o artista publicou a coleção Hokusai Mangá, uma série de croquis e cenas do cotidiano dispostas de forma sequencial. Apesar de não contar uma história no formato atual de quadrinhos, a obra foi essencial para cimentar o conceito visual e nome do que viria a ser o mangá. Na tradução literal, "mangá" significa "desenho involuntário", refletindo um estilo espontâneo e expressivo.

No entanto, foi somente no pós-Segunda Guerra Mundial que o mangá floresceu comercialmente. O responsável por essa revolução visual foi Osamu Tezuka, conhecido como o “deus do mangá”. Inspirado pela linguagem cinematográfica de Walt Disney, Tezuka revolucionou o mangá na década de 1950 com narrativas longas, expressões dramáticas e profundidade emocional — características visíveis em obras como A Princesa e o Cavaleiroe Astro Boy.

A partir daí, o mangá passou a conquistar públicos de todas as idades, tornando-se um formato popular de entretenimento e literatura visual acessível por todo o Japão. Diversas revistas semanais, como a Weekly Shōnen Jump, começaram a publicar histórias seriadas que definiriam gerações.

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A origem do anime: a espada que iniciou tudo

O primeiro anime reconhecido surgiu em 1917 e se chama Namakura Gatana(“A Espada Cega”), criado por Jun’ichi Kōuchi. Com apenas quatro minutos de duração, o curta-metragem apresenta um samurai desastrado tentando usar uma espada de má qualidade para atacar pessoas, resultando em diversas situações cômicas. Apesar de simples, o projeto estabeleceu os primeiros passos da animação japonesa.

Outros pioneiros surgiram entre 1917 e 1925, como Oten Shimokawa e Seitarō Kitayama, que também lançaram obras experimentais. Esses curtas utilizavam técnicas rudimentares, como animações quadro a quadro desenhadas à mão, e eram utilizados frequentemente como recursos educacionais ou sátiras políticas no pós-guerra.

Com o avanço tecnológico e maior investimento em arte sequencial, a década de 1960 marcou um divisor de águas com a estreia de Astro Boy(1963), inspirado no mangá de Osamu Tezuka. A série foi o primeiro anime de sucesso da TV japonesa, exibida no horário nobre, e redefiniu o gênero ao apresentar temas futuristas, personagens carismáticos e uma estética própria.

Difusão global e consolidação nas últimas décadas

A presença do mangá e do anime fora do Japão começou a se intensificar entre as décadas de 1980 e 1990, período em que séries como Dragon Ball, Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíacoe Pokémonpenetraram mercados internacionais. No Brasil, por exemplo, os animes começaram a ser transmitidos nos anos 1960, mas foi apenas nos anos 1990 que o fenômeno explodiu com a TV aberta exibindo animações japonesas diariamente.

Outro marco na internacionalização foi o surgimento dos estúdios renomados como o Studio Ghibli, de Hayao Miyazaki, responsável por filmes cultuados como A Viagem de Chihiro. As obras do estúdio mostraram ao mundo que os animes poderiam ir além da TV, alcançando status cinematográfico e ganhando prêmios internacionais.

Com o crescimento das plataformas de streaming no século XXI, tanto o mangá quanto o anime se tornaram ainda mais acessíveis. Editoras especializadaspassaram a traduzir e publicar rapidamente os lançamentos japoneses, enquanto serviços como Crunchyroll, Netflix e Amazon Prime Videoampliaram consideravelmente o alcance global das produções.

Reconhecimento artístico e cultural

Atualmente, o mangá e o anime caminham lado a lado como pilares da cultura pop mundial. A indústria movimenta bilhões de dólares por ano, valoriza novos artistas e revisitadores das tradições originais. Exemplo disso é o retorno do criador de One-Punch Man, que foi premiado recentemente com um dos maiores prêmios da indústria nipônica por seu novo trabalho, mostrando que os mestres do mangá continuam inovando.

Paralelamente, os duelos eternizados por animes como Dragon Ball Zem planetas como Namekusei seguem no imaginário dos fãs — com lutas que atravessam episódios e décadas. Personagens icônicos e tramas envolventes mantêm viva a conexão emocional do público com produções de diferentes épocas.

Seja por meio dos jogos visuais desenhados no papel ou das animações exibidas nas telas, essas formas de arte continuam a evoluir. Desde os esboços de Hokusai até a espada cega de Kōuchi, os primeiros passos do mangá e do anime moldaram um império criativo que permanece em constante reinvenção.

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