O lançamento de Ready or Not para consoles trouxe resultados surpreendentes em poucos dias. O jogo superou a marca de 1 milhão de unidades vendidas desde seu lançamento na semana passada.
Mesmo em meio a polêmicas, o número elevou o total de vendas para mais de 10 milhões de cópias, considerando também a versão de acesso antecipado lançada em dezembro de 2023.
O que você vai ler neste artigo
Sucesso comercial impulsionado por nova plataforma
A chegada de Ready or Not aos consoles ampliou significativamente o alcance do título. Enquanto no PC o game levou 36 dias para atingir a marca de um milhão de vendas, nos consoles esse número foi alcançado em apenas 3,6 dias. Conforme destacou Julio Rodriguez, CEO da VOID Interactive, esse desempenho representa um marco significativo para o estúdio, reafirmando o interesse do público nas propostas táticas e realistas que o jogo oferece.
O sucesso comercial também marca o fortalecimento da comunidade em torno do jogo, mesmo que sob circunstâncias difíceis. Conforme os dados divulgados, a base de usuários se mantém ativa em ambos os sistemas, apesar das controvérsias envolvendo mudanças no conteúdo.
A impressionante performance comercial foi ofuscada por críticas da comunidade, especialmente dos jogadores de PC. Às vésperas do lançamento para consoles, a VOID Interactive implementou mudanças envolvendo níveis de violência gráfica, nudez e situações envolvendo menores, alegando a necessidade de atender exigências de plataformas e manter apenas uma versão do jogo para evitar bugs oriundos de múltiplas edições.
Essas alterações foram percebidas por parte da comunidade como uma forma de censura. Muitos usuários criticaram as mudanças nas redes sociais e nas plataformas de avaliação, resultando numa onda de avaliações negativas no Steam. Antes das alterações, Ready or Not mantinha média de avaliação "majoritariamente positiva". Após os updates, a média caiu para "majoritariamente negativa" nas análises recentes.
Mudanças implementadas e reação imediata dos jogadores
As principais mudanças envolvem:
- Redução da quantidade de sangue e mutilações em inimigos;
- Remoção de diálogos ou interações com conotação de abuso infantil;
- Ajuste em cenas de nudez ou violência explícita;
- Rebalanceamento leve de algumas missões consideradas "sensíveis".
Em menos de 30 minutos após a atualização, modders independentes liberaram patches que reverteram parcialmente as alterações, demonstrando a insatisfação e a resistência de parte da comunidade à nova direção adotada. A rapidez com que esses mods foram disponibilizados também expôs a divisão entre as preferências dos jogadores de console e PC, já que os primeiros não têm acesso facilitado a esse tipo de recurso.
Declarações da desenvolvedora e tentativa de transparência
VOID Interactive justificou as decisões como necessárias para manter a "integridade técnica do projeto" e não teve intenção de interferir na essência do jogo. A empresa admitiu em nota que as mudanças seriam "mínimas", a ponto de passarem despercebidas, caso não tivessem sido anunciadas.
Porém, o discurso de transparência não foi acolhido positivamente. Jogadores destacaram que a ausência de opção para manter a versão original no PC compromete a liberdade criativa e experiência autêntica do título. Vários tópicos foram abertos nas comunidades de discussão com apelos por uma versão separada com o conteúdo original.
Perspectivas futuras para Ready or Not
Apesar da turbulência, o futuro de Ready or Not apresenta caminhos distintos. Enquanto a base no console mostrou força nas vendas, a estabilidade da comunidade no PC dependerá da forma como a VOID gerenciará a resposta a seus jogadores mais tradicionais.
Os desenvolvedores não descartaram novos patches e estão monitorando o feedback diário. Além disso, a comunidade modder se mostra mais ativa do que nunca, fator que pode manter a longevidade do jogo mesmo em meio a disputas de direção criativa.
Ainda que envolto em polêmicas, Ready or Not permanece como um dos shooters táticos mais relevantes atualmente, desafiando não apenas os jogadores, mas também os limites entre regulamentação, arte e liberdade criativa nos games.
Leia também:
- 4chan retorna após ataque hacker catastrófico
- A emocionante despedida de um jogador em No Man’s Sky
- A Geração Z abandona shoppings para comprar online no Pinterest
- A história desconhecida de Akira Toriyama antes de Dragon Ball
- A música do novo trailer de GTA 6
- A versão mais incomum de Doom e sua história surpreendente
- Adiamento inesperado de La Quimera surpreende fãs
- Aluna exige reembolso após uso de ChatGPT por professor