Após os eventos catastróficos que moldaram o mundo de The Last of Us Part II, novas organizações surgiram em meio ao caos. Entre elas, os Cicatrizes rapidamente chamam atenção, não apenas por sua aparência marcante, mas pela intensidade de suas crenças e atos violentos. Envoltos em mistério e silêncio, eles representam uma ameaça constante para todos que cruzam seu caminho.
Ellie, a protagonista da história, encontra nos Cicatrizes um inimigo implacável que coloca à prova sua coragem, inteligência e capacidade de sobrevivência. Para entender por que esse grupo se tornou uma ameaça tão significativa, é preciso mergulhar em sua origem, ideologia e forma de agir.
O que você vai ler neste artigo
Quem são os Cicatrizes
Também conhecidos como Serafitas, os Cicatrizes são um grupo religioso fanático que surgiu após o colapso da sociedade. Fundados em Seattle, Washington, eles acreditam que a civilização moderna e suas tecnologias foram responsáveis pela decadência moral da humanidade.
Seus integrantes seguem os ensinamentos da sua líder espiritual conhecida apenas como “a Profetisa”, cuja doutrina prega uma vida simples, em harmonia com a natureza e livre das máquinas e do progresso científico. Após sua morte, seu rosto e palavras foram transformados em ícones pelos seguidores, tornando-se base para um sistema religioso rígido e punitivo.
Além disso, os Cicatrizes ganharam esse nome devido às marcas visíveis no rosto dos membros – uma cicatriz autoinduzida que representa a devoção aos seus princípios. O termo Serafitas, oficial, é usado internamente, enquanto “Cicatrizes” é uma alcunha pejorativa dada por seus inimigos.
Origem e ideologia dos Serafitas
A ascensão dos Serafitas ocorreu a partir de uma figura messiânica que acreditava que o apocalipse era um sinal de purificação. Essa mulher instigou um retorno à natureza e ao abandono dos vícios da civilização.
Doutrinas e práticas
Seus rituais envolvem votos de silêncio, cânticos e orações, além do isolamento quase total das influências modernas. Habitantes de ilhas e florestas, evitam armas de fogo, preferindo o uso de arcos, machados e martelos — armas silenciosas, porém letais.
Eles também se distanciam de qualquer forma de interação com os remanescentes da civilização anterior, considerando-os impuros. Para os Serafitas, eliminar essas “ameaças” é um ato de justiça divina.
Organização interna do grupo
A estrutura do grupo é hierárquica. Há líderes espirituais que interpretam os ensinamentos da Profetisa, guerreiros que cumprem missões organizadas e uma rede de informantes entre as florestas e habitações.
A doutrina é reforçada desde a infância entre os integrantes, tornando difícil qualquer questionamento interno. A obediência cega cria combatentes preparados e fanáticos, formados para matar sem hesitação.
Por que representam tanto perigo para Ellie
Ellie entra em confronto direto com os Serafitas quando sua missão de vingança a leva até Seattle, território dominado por esse grupo. Ali, a jovem se depara não apenas com emboscadas brutais, mas com uma rede de vigilância organizada e cerimonialismo extremo.
Além do risco físico constante, os Cicatrizes perturbam Ellie psicologicamente. Sua frieza, silêncio ritualístico e brutalidade cerimonial formam um contraste com os inimigos que ela enfrentou anteriormente.
Técnicas de combate dos Cicatrizes
- Abordagem furtiva e ataque surpresa: Os Serafitas se aproveitam da floresta e das sombras para atacar silenciosamente.
- Comunicação assobiada: Em vez de palavras, eles se comunicam por assobios, criando confusão em combate.
- Punições extremas: Prisioneiros costumam ser enforcados ou empalados publicamente, reforçando o terror ideológico.
- Execuções silenciosas: Atuam com armadilhas e métodos silenciosos, dificultando o posicionamento tático de Ellie e outros personagens.
Conflito com os WLF
Ellie não é a única em conflito com os Serafitas. Os WLF (Washington Liberation Front), uma milícia armada altamente organizada, travam uma guerra territorial contra os Serafitas por Seattle.
Este embate cria um cenário de tensão tripla: Ellie, os WLF e os Serafitas — todos lutando por sobrevivência, com motivações distintas. No meio do caos, os Cicatrizes se aproveitam da confusão para capturar ou emboscar inimigos das sombras.
Impacto narrativo na jornada de Ellie
O confronto com os Serafitas não serve apenas como obstáculo físico. Ele personifica o ponto de ruptura da estabilidade emocional de Ellie. A convivência forçada com a violência gratuita e religiosa dos Cicatrizes contribui para sua transformação durante o jogo.
No contraste entre fanatismo e humanidade, Ellie é desafiada a questionar seus próprios limites morais. A brutalidade dos Cicatrizes revela sua tenacidade, mas também expõe sua vulnerabilidade emocional.
Em alguns momentos, Ellie presencia atos de extrema violência que refletem o abismo entre grupos rivais, aproximando-a perigosamente do comportamento impiedoso que ela própria combate.
Relação com outros personagens
A presença dos Cicatrizes também introduz novos personagens à trama. Lev e Yara, por exemplo, são irmãos fugitivos dos Serafitas após discordarem da doutrina, especialmente no caso de Lev, considerado impuro por razões de identidade de gênero.
A relação entre esses personagens e Abby, inicialmente inimiga de Ellie, oferece uma nova perspectiva sobre o grupo. Com isso, o jogador compreende que nem todos os Serafitas concordam com os atos extremistas praticados em nome da fé.
Esse conflito interno nos Cicatrizes aprofunda o universo do jogo, mostrando as consequências da doutrina para quem tenta quebrar o ciclo de ódio.
Ecos do fanatismo
A história dos Cicatrizes não é apenas uma ferramenta de perigo. Ela espelha as realidades de mundos onde o fanatismo religioso assume formas violentas. The Last of Us Part II mergulha nesse subtexto e levanta reflexões sobre moralidade, fé e sobrevivência.
Por trás da pintura de guerra e cicatrizes visíveis, estão seres humanos presos a sistemas que condenam qualquer dúvida como fraqueza. Ellie, em seu caminho sangrento pela verdade, acaba sendo desafiada por esse retrato duro do que restou da humanidade.
Em meio à floresta e ao silêncio ritual, os Cicatrizes permanecem como uma das forças mais inquietantes do jogo – não apenas por matarem, mas pelo que representam no coração já partido de Ellie.
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