A presença de Pokémon GO na gamescom latam revelou mais que novidades sobre o jogo em si — trouxe also bastidores estratégicos sobre o futuro do game. Durante o evento, executivos destacaram o papel essencial da América Latina na revitalização e expansão do título.
Com o Brasil ocupando a segunda posição entre os países que mais fazem download do app, atrás apenas dos Estados Unidos, a Niantic reconhece a importância da região para o sucesso contínuo do jogo.
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América Latina: base essencial para a comunidade
Segundo Alan Mandujano, diretor de América Latina e mercados emergentes, a relação dos jogadores latinos com Pokémon GO vai além da diversão casual. Ele compara o vínculo da comunidade ao amor fervoroso pelo futebol, mencionando o envolvimento coletivo e a construção de laços entre os treinadores como essenciais para o sucesso.
Eventos como o Club Campfire são parte desse esforço para transformar Pokémon GO em uma experiência social ativa. A iniciativa ajuda jogadores a encontrar companheiros nas redondezas, incentivando interações no mundo real — um dos pilares do jogo desde o seu lançamento.
Além disso, medidas como o teste de novos passes de batalha na América Latina indicam um interesse direto em adaptar a jogabilidade às preferências regionais. O engajamento com os passes Go Pass, nas versões básica e deluxe, tem mostrado resultados positivos e fortaleceu o argumento para expansão global do recurso.
Uma nova fase sob nova liderança corporativa
Michael Steranka, diretor sênior de produto da Niantic, classificou a recente venda da divisão de jogos da empresa para a Scopely, entidade que pertence ao conglomerado saudita Savvy Games Group, como “uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido ao futuro de Pokémon GO”.
O acordo avaliado em US$ 3,5 bilhões gerou expectativas otimistas por parte da equipe criativa. Steranka apontou que, pela primeira vez, Pokémon GO será gerido por uma companhia 100% dedicada a games. Isso, segundo ele, representa mais espaço para inovações e sinergia com outros títulos do portfólio da Scopely, como Monster Hunter Now e Pikmin Bloom.
Essa nova fase, mais focada em games e com menor dispersão de prioridades corporativas, deve permitir investimentos mais sólidos e contínuos em atualizações, melhorias de sistema e novas experiências para os jogadores ao redor do mundo.
Transformações e visão de futuro
Embora discretos sobre as futuras atualizações, os executivos deixaram claro que a Niantic segue com a intenção de manter Pokémon GO vibrante. O jogo evoluiu consideravelmente desde 2016, ganhando funções complexas que o distanciam bastante da proposta original, mas ainda preservando a essência da caça aos monstrinhos no mundo real.
Os planos incluem maior diversidade de conteúdo e colaborações com outras áreas da franquia Pokémon, como o anime Pokémon: Horizontes e o jogo de cartas Pokémon TCG. A meta é manter uma frequência saudável de eventos e evitar frustrações comuns em fórmulas de exclusividade, como nas edições brilhantes dos Pokémon.
Mandujano destacou que a ideia é garantir que os jogadores saiam dos eventos felizes, mesmo que não capturem tudo o que está disponível. Ou seja, o comprometimento é priorizar a experiência positiva dos usuários, seja com novos atrativos ou pela tentativa de construir uma experiência mais equilibrada nos eventos sazonais.
Crescimento contínuo e adeus ao esquecimento
Depois do boom inicial em 2016 e uma fase menos expressiva nos anos seguintes, Pokémon GO voltou com força. O número de jogadores ativos mensais saltou de 80 milhões em 2023 para 122 milhões até 2025, reafirmando que o game encontrou um caminho sólido de renovação.
Esse retorno é atribuído não apenas aos eventos e novos recursos, mas especialmente ao fortalecimento da comunidade global. A América Latina, em especial, se tornou peça-chave nesse processo, demonstrando que o poder dos jogadores locais pode influenciar diretamente nos rumos de uma produção internacional de grande escala.
Por enquanto, Pokémon GO segue em expansão com testes regionais, eventos ao vivo e promessas de novos formatos de conteúdo. Com apoio da nova proprietária e maior foco em inovação, o título parece longe de perder relevância novamente.
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