Doom, o lendário FPS que marcou gerações, acaba de ganhar uma edição limitada ainda mais insana que suas criaturas infernais. Dessa vez, a novidade está na embalagem: uma caixa que literalmente roda o jogo.
A edição especial, batizada de "Will It Run Edition", é uma homenagem exagerada — e genial — à obsessão da comunidade por fazer Doom rodar em qualquer lugar. O pacote é tão insano quanto parece.
O que você vai ler neste artigo
Uma tradição que transcende plataformas
Desde que foi lançado em 1993, Doom tornou-se um símbolo entre os fãs de tecnologia. A prática informal de fazer o jogo funcionar em diferentes dispositivos já virou cultura dentro do mundo gamer. Não é surpresa, portanto, que ele já tenha sido executado onde menos se espera: dentro da própria BIOS de uma placa-mãe, no aplicativo Bloco de Notas do Windows, em um teletexto e até mesmo em um arquivo PDF.
Por mais surreal que pareça, esses feitos são vangloriados por entusiastas e hackers que veem em Doom um laboratório ideal para experimentação. Além de divertido, isso reforça a importância histórica do título — uma forma de manter seu legado vivo mesmo nas entranhas de equipamentos improváveis.
O pacote insano da Limited Run Games
Em abril, a Limited Run Games iniciou a pré-venda de uma nova coleção física de Doom + Doom II. Estão disponíveis edições tradicionais, como a com caixa padrão e a nostálgica versão "big box", que remete aos clássicos lançamentos em CD-ROM.
Mas a estrela é, sem dúvida, a "Will It Run Edition", limitada a 666 cópias e vendida por US$ 666,66. A caixa dessa versão não é apenas simbólica; ela conta com hardware interno e é funcional o suficiente para rodar o próprio Doom. Sim, a embalagem é ao mesmo tempo jogo e console.
Além disso, o pacote inclui:
- Um brinquedo portátil em forma de Cacodemon, também capaz de rodar Doom;
- Cartas colecionáveis temáticas;
- Fita cassete com a trilha sonora original.
O valor alto e os itens bizarros transformam essa edição em um objeto de culto para fãs hardcore e colecionadores.
Doom é eterno — e onipresente
A longevidade de Doom não se deve apenas à nostalgia. Sua mecânica sólida, engine versátil e legado cultural o transformaram em um marco indestrutível na história dos videogames. E sua capacidade de ser adaptado a qualquer dispositivo — por mais absurdo que seja — reforça ainda mais essa imortalidade.
Os exemplos são incontáveis. Doom já foi executado:
- Em uma escova de dentes com wi-fi;
- Dentro de um satélite em órbita;
- Em um tocador de mídia do tipo "Nintendo Alarmo";
- Utilizando bactérias intestinais como meio computacional.
Essa ubiquidade eleva o jogo a um status quase mitológico. Roda em qualquer lugar porque é estrutura, é código, é desafio. Mais que um jogo, Doom virou experimento contínuo da engenhosidade humana em computação.
Um legado que desafia a lógica
A nova edição lançada reflete não só um momento de exaltação ao legado de Doom, mas também um típico caso onde a cultura gamer ultrapassa o software. A caixa que roda Doom é absurda, sim, mas captura perfeitamente o espírito irreverente e criativo por trás do fenômeno que o jogo sempre representou.
Enquanto muitos jogos são esquecidos com o passar das décadas, Doom permanece relevante, não apenas pelas suas reedições, mas por ser o único jogo com status de "prova de fogo" para qualquer tecnologia que pretenda sobreviver ao tempo.
Leia também:
- A sexualização de Emma Frost nos games reacende debates
- Assassin’s Creed Shadows corrige problema desde Odyssey
- Atualização de barotrauma traz ruínas alienígenas e novo outpost PVP
- Atualização Path of Exile 2 traz novas classes e mecânicas
- Big Rigs recebe avaliação positiva no Steam apesar de críticas
- Blue Prince: análise completa do intrigante jogo de quebra-cabeça
- Chico Bento ganha jogo exclusivo no Roblox
- Criador de Balatro critica restrição no YouTube