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Diretor comenta remaster de Onimusha 2 para novos consoles

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Diretor comenta remaster de Onimusha 2 para novos consoles — Diretor revela desejo antigo de trazer Onimusha 2 para novos consoles, mantendo o legado do clássico da Capcom vivo.

O retorno de Onimusha 2: Samurai’s Destiny para plataformas modernas não foi movido apenas por nostalgia. Segundo Motohide Eshiro, diretor veterano da franquia, e o produtor musical Kosuke Tanaka, o projeto já era um desejo antigo da equipe.

Ambos revelaram que revitalizar o título fazia parte de uma lista interna da Capcom, destacando que apresentar o jogo a novas gerações também era uma das prioridades do desenvolvimento.

Ideia amadurecida com o tempo

Desde o lançamento do primeiro remaster de Onimusha em 2018, os fãs especulavam sobre a possibilidade de novos títulos da franquia receberem tratamento semelhante. Com Onimusha 2 sendo um dos capítulos mais elogiados, principalmente por expandir a fórmula do original e introduzir novos personagens jogáveis, o interesse por sua volta nunca deixou o radar dos desenvolvedores.

Motohide Eshiro comentou que a equipe aguardava o momento certo para levar o projeto adiante. A intenção era não apenas atualizar os gráficos, mas também refinar os sistemas de jogabilidade para adequá-los ao padrão técnico atual sem comprometer a essência original.

A complexidade da obra, marcada por múltiplos caminhos narrativos, sistema de afinidade com NPCs e ambientação histórica rica, exigiu uma reavaliação cuidadosa. O time não queria apenas reeditar o jogo, mas proporcionar uma experiência relevante para novos públicos sem alienar os jogadores que já conheciam a série.

Apresentando Onimusha a um novo público

Segundo Kosuke Tanaka, parte do desafio era reintroduzir a franquia num mercado que já havia avançado em termos de expectativa de experiência imersiva e narrativa interativa. A ideia central foi manter a atmosfera tensa e o combate preciso que tornaram Onimusha 2 um sucesso, ao mesmo tempo em que se repensava a acessibilidade para jogadores contemporâneos.

Entre as estratégias adotadas estiveram:

  • Modernização do sistema de controles para suporte total a analógico.
  • Melhoria na resolução e fidelidade dos vídeos pré-renderizados.
  • Implementação de trilha sonora remasterizada com elementos originais e novos temas compostos por Tanaka.

Além disso, a Capcom buscou garantir que o título estivesse disponível em múltiplas plataformas, incluindo PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch. Essa amplitude de disponibilidade foi enxergada como essencial para alcançar um público novo, principalmente jogadores que não tiveram contato com o PlayStation 2 — plataforma em que Onimusha 2 foi lançado originalmente, em 2002.

Equilíbrio entre originalidade e inovação

Um dos principais dilemas enfrentados pela equipe envolveu equilibrar fidelidade ao título original com as expectativas técnicas e artísticas do público atual. Para isso, Eshiro apontou que a reinterpretação visual teve foco em preservar o estilo artístico tradicional japonês da época Sengoku, evitando soluções genéricas de motores gráficos modernos.

A recriação de modelos também levou em conta a personalidade dos personagens, utilizando tecnologias de expressão facial mais sutis. A intenção era manter o impacto emocional das cenas sem tirar o “ar cinematográfico” que caracterizou o jogo desde seu lançamento inicial.

O sistema de afinidade, que altera o rumo da história com base nas interações com NPCs, passou por refinamentos sutis. A Capcom pretendia torná-lo mais claro para jogadores modernos sem interferir no livre-arbítrio proposto originalmente. Isso também abre caminho para maior fator replay.

Futuro da franquia e recepção do público

Embora a companhia ainda não tenha confirmado uma versão remaster de Onimusha 3 ou planos de um novo jogo da franquia, Eshiro e Tanaka não descartam futuras iniciativas. O sucesso deste remaster será um indicativo importante para os próximos passos. Vale lembrar que Onimusha ainda conta com uma base sólida de fãs, tanto no Japão quanto no Ocidente.

Desde seu relançamento, o título tem recebido avaliações positivas, principalmente por sua fidelidade à essência original e adaptação leve a padrões contemporâneos. Isso demonstra que, mesmo após duas décadas, Onimusha 2 ainda possui força narrativa e habilidade mecânica capazes de conquistar jogadores de diferentes gerações.

Com sua mistura de ação, horror e ambientação inspirada no Japão feudal, o jogo continua sendo uma vitrine do estilo Capcom de design — e um lembrete de como títulos clássicos ainda têm espaço relevante na indústria atual de games.

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