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Desenvolvedora de Outriders cancela projetos por falta de comunicação

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Desenvolvedora de outriders cancela projetos por falta de comunicação — People Can Fly cancela projetos Gemini e Bifrost, citando falta de comunicação com Square Enix e restrições financeiras.

Após um período de incertezas e dificuldades financeiras, o estúdio polonês People Can Fly decidiu encerrar o desenvolvimento de dois de seus principais projetos em andamento: Gemini e Bifrost. A medida impacta diretamente sua estrutura e força de trabalho, gerando novas demissões no já abalado estúdio.

Conhecida por títulos como Outriders e Gears of War: Judgment, a empresa enfrenta obstáculos envolvendo parcerias e sustentabilidade financeira, colocando seu futuro em uma posição delicada na indústria.

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Gemini e Bifrost: projetos oficialmente suspensos

A decisão mais recente do People Can Fly evidencia uma fase crítica na trajetória do estúdio. Em um comunicado público, o CEO Sebastian Wojciechowski confirmou que os projetos Gemini e Bifrost foram suspensos oficialmente. A paralisação do Projeto Gemini ocorre, segundo o executivo, por ausência de retorno e falta de comunicação da editora parceira, a Square Enix.

Wojciechowski explicou que, até o momento, o estúdio não recebeu o rascunho contratual das etapas futuras da produção — o chamado “content rider” — que estabeleceria os próximos marcos de desenvolvimento e pagamentos referente ao jogo. A ausência de comunicação clara por parte da publicadora comprometeu a continuidade do projeto.

Já o Projeto Bifrost, por sua vez, era uma iniciativa autopublicada pela própria People Can Fly. No entanto, análises internas de fluxo de caixa indicaram falta de viabilidade financeira para manter os recursos organizacionais e humanosnecessários à sua conclusão. Isso forçou a empresa a tomar a difícil decisão de encerrar esse desenvolvimento também.

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Impactos que se acumulam em um curto espaço de tempo

A paralisação de dois títulos robustos representa um novo abalo para o estúdio, que já havia passado por uma reestruturação em larga escala em 2023. Na ocasião, cerca de 120 funcionários foram demitidos após cortes e redimensionamento de outros projetos.

Agora, com o cancelamento formal de Gemini e Bifrost, a empresa afirma que será necessário um novo redimensionamento em sua força produtiva. Segundo trecho do comunicado emitido pelo CEO:

“Temos que nos reagrupar como estúdio e reduzir significativamente nossas equipes, o que é o mais doloroso.”

A medida afeta diretamente a operação global da empresa, considerando que o People Can Fly possui múltiplos estúdios e equipes espalhadas pela Europa e América do Norte. Isso eleva o grau de preocupação quanto à sua continuidade como produtora independente nos próximos anos.

Panorama de parcerias ativas e futuro incerto

Mesmo diante do encerramento de dois grandes projetos, o estúdio mantém participação em outras colaborações. Entre os trabalhos ativos estão:

  • Projeto Echo– desenvolvido em parceria com a Krafton (publicadora de PUBG)
  • Projeto Dagger (atualmente Delta)– em colaboração com a Sony
  • Gears of War: E-Day– produção em conjunto com a Microsoft, novo título da consagrada franquia de ação e tiro

Esses projetos continuam em desenvolvimento, mas a confiança da indústria pode ser afetada pelos recentes cancelamentos e instabilidades reveladas na administração da empresa. Ainda não há previsão de lançamento para esses jogos.

A postura silenciosa da Square Enix

Apesar de ter sido mencionada diretamente no comunicado como a parceira envolvida no caso de Gemini, a Square Enix não se pronunciouaté a publicação dessa matéria. O silêncio reforça o enredo de comunicação precáriaentre as empresas, o qual foi apontado como fator determinante para o fim do projeto.

A parceria com a Square Enix havia dado origem a Outriders, lançado em 2021, jogo que teve recepção mista, mas atingiu resultados relevantes em serviços como Xbox Game Pass. Desde então, os dois lados trabalhavam novamente em Gemini, que agora se encerra de forma abrupta.

Último lançamento e desafios atuais

Enquanto sofre reveses com seus projetos futuros, a People Can Fly lançou recentemente Bulletstorm VR, uma adaptação em realidade virtual do popular shooter de 2011. A nova versão chegou a plataformas como Meta Quest e PSVR 2, mas com apelo de nicho e impacto limitado no cenário comercial.

A dificuldade principal do estúdio neste momento está em reequilibrar suas finanças, escopos de produção e relações com publishers, em um mercado altamente competitivo. Sem comunicação transparente e garantias contratuais, mesmo empresas com portfólio estabelecido se veem vulneráveis.

Neste contexto, o People Can Fly passa por um de seus momentos mais desafiadores. Com demissões acumuladas, projetos encerrados e incerteza nas parcerias, a empresa luta para manter sua relevância e sustentabilidade no cenário dos grandes estúdios de desenvolvimento.

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