O beta de Call of Duty: Black Ops 7 já começou e, como era esperado, os trapaceiros não perderam tempo em aparecer. Mesmo com os novos sistemas de segurança anunciados pela Activision, vídeos nas redes sociais já evidenciam a presença de hacks e usuários abusando de vantagens injustas.
Essa situação, no entanto, foi parcialmente antecipada pela própria empresa. De acordo com a Activision, o beta serviria também como campo de testes para identificar, analisar e punir esses comportamentos antes do lançamento.
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Trapaças no primeiro dia do beta
Apesar do investimento da Activision em novos sistemas antitrapaça, como a tecnologia #TeamRICOCHET, centenas de jogadores já relataram e compartilharam vídeos de oponentes utilizando aimbots e wallhacks no beta. Esses vídeos viralizaram rapidamente no X (antigo Twitter), reforçando a sensação de frustração da comunidade.
O sistema de detecção de wallhack, segundo a Activision, foi projetado para tornar mais difícil a manipulação da visibilidade através de superfícies, mas isso claramente não impediu que vários jogadores burlassem o sistema nas primeiras horas de teste.
Contra-medidas da Activision
Ciente da inevitável invasão de cheaters, a Activision optou por encarar o beta como uma oportunidade. A empresa afirmou que qualquer conta banida durante o teste será banida permanentemente de toda a franquia Call of Duty — incluindo títulos como Modern Warfare, além dos que ainda serão lançados.
As medidas implementadas incluem:
- Novo sistema de detecção de aimbot com maior precisão.
- Mecanismos contra wallhacks mais agressivos.
- Análise em tempo real por parte da equipe #TeamRICOCHET.
- Requisitos de segurança como TPM 2.0 e Secure Boot nos PCs.
Além disso, a empresa insiste que coletar dados neste momento é crucial para ajustar o sistema a tempo do lançamento oficial em novembro.
A reação da comunidade
Nas redes sociais, a comunidade expressa tanto frustração quanto resignação. Para muitos jogadores no console, a solução foi desabilitar o crossplay — recurso que permite partidas entre diferentes plataformas — a fim de evitar confrontos contra trapaceiros provenientes do PC.
Essa decisão acaba impactando negativamente os usuários de PC que jogam de forma legítima, muitos dos quais alegam estar sendo penalizados injustamente por serem agrupados com os trapaceiros de sua plataforma.
Esse dilema tem gerado discussões intensas, e a própria Activision reconheceu publicamente que os consoles são menos propensos a cheaters, sugerindo que mortes “inexplicáveis” causadas por jogadores de console provavelmente derivam de superioridade tática e não de hacks.
Perspectivas para o lançamento oficial
O uso de TPM 2.0 e Secure Boot se alinha com uma tendência entre grandes publishers. A Electronic Arts, por exemplo, já exigiu os mesmos requisitos para o beta de Battlefield 6, que também enfrentou problemas com trapaças logo no início da fase de testes.
Apesar das barreiras técnicas impostas, ainda é incerto o quão eficazes essas medidas serão diante de uma comunidade global de hackers sempre um passo à frente. A esperança permanece de que, ao menos durante os primeiros meses pós-lançamento, as ferramentas desenvolvidas consigam impedir que o jogo seja tomado por fraudes.
Enquanto isso, o beta de Call of Duty: Black Ops 7 continua servindo como laboratório para essas tentativas de contenção, em uma guerra que está longe de acabar.
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