A atualização mais recente de Doom + Doom 2 finalmente trouxe uma adição muito aguardada: Sigil 2. Criado por John Romero, cocriador da franquia, o episódio ganhou lugar de destaque no menu do remaster da Bethesda.
Anteriormente disponível apenas como um mod no menu de complementos, Sigil 2 agora integra oficialmente a coletânea — reforçando seu status como parte legítima da jornada clássica do Doomguy.
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O impacto de Sigil 2 na coleção remasterizada
A chegada de Sigil 2 à versão remasterizada de Doom + Doom 2 marca não só um reforço nostálgico na coleção, mas também um reconhecimento oficial do legado contínuo de John Romero na franquia. A primeira edição, Sigil (lançada em 2019), já havia sido incorporada desde o lançamento da coletânea, o que tornava a ausência da sequência um ponto de estranhamento entre os fãs.
Com nove mapas — incluindo dois secretos — Sigil 2 dá continuidade imediata aos eventos do primeiro episódio de Doom. A campanha traz desafios complexos, layouts mais extensos e dificuldade brutal, conforme revelado pelo próprio Romero: ele desenhou os níveis para serem impossíveis de completar no modo "ultraviolence" a partir de um “pistol start”, mesmo para ele.
Entraves e atualizações até a inclusão de Sigil 2
Segundo especulações dentro da comunidade, a exclusão inicial de Sigil 2 se deveu a possíveis questões de licenciamento. O conteúdo foi lançado em dezembro de 2023, quatro meses após a remasterização de Doom + Doom 2, que chegou em agosto. Embora nove meses pareça muito tempo para resolver essas pendências, o processo jurídico e de integração nem sempre segue o cronograma desejado pelos entusiastas.
A atualização mais recente da Bethesda não apenas corrigiu bugs e ajustes de compatibilidade, como também deu a Sigil 2 seu devido lugar na tela inicial, ao lado de Doom, Doom 2, Final Doom, Master Levels e Legacy of Rust — a expansão moderna desenvolvida pela MachineGames.
Diferenças de abordagem entre Sigil 1 e Sigil 2
Apesar da base compartilhada, os dois episódios criados por Romero apresentam nuances próprias:
- Sigil 1:Projetado para ser superável com iniciação de pistola e sem salvar o progresso, mesmo no nível de dificuldade mais alto.
- Sigil 2:Mais denso e implacável nos desafios, foram criados mapas que desafiam até mesmo o próprio autor nesse mesmo tipo de abordagem.
Ambos os episódios preservam as mecânicas e arsenal clássicos do primeiro Doom, ignorando adições modernas para focar em design puro de fases. Essa escolha contrasta com Legacy of Rust, que aproveita avanços em modding e elementos mais recentes.
Doom continua sua expansão com novas promessas
Além de Sigil 2, a franquia Doom já tem mais um lançamento confirmado para 2024 — Doom: The Dark Ages, previsto para 15 de maio. Diferente das aventuras pixeladas e em primeira pessoa de 1993, esta nova entrada propõe um estilo mais focado em combate corpo a corpo e parry, mantendo o espírito visceral e a ação exagerada.
Na perspectiva de quem já testou o jogo, como o jornalista Joshua Wolens, o prequel surpreende com suas mecânicas inesperadamente físicas. A abordagem “rocking-and-socking” se afasta do padrão “running-and-gunning” anterior, mas mantém a essência energética característica de Doom.
Contribuição contínua de Romero e o legado duradouro de Doom
Sigil 2 representa mais do que uma simples expansão. É um reflexo do poder criativo de John Romero, décadas após o sucesso original de Doom. Num cenário dominado por remakes e novas IPs, a inserção oficial de um conteúdo tão autêntico quanto desafiador reforça o compromisso dos desenvolvedores em honrar o passado enquanto impulsionam a série.
A atualização recente é uma vitória para os fãs de longa data e uma lição sobre como preservar a essência de um jogo mesmo ao expandi-lo com conteúdo novo — e brutal.
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