A experiência proporcionada por Mafia: The Old Country sempre privilegiou a narrativa linear, com pouca margem para exploração livre. Mesmo o modo Explore do jogo original limitava-se a oferecer um mundo aberto vazio e sem objetivos concretos.
Com a chegada da atualização Free Ride, esse panorama muda levemente. Embora ainda bastante limitado, o novo modo oferece atividades inéditas, elevando a sensação de liberdade e interatividade no título.
O que você vai ler neste artigo
A proposta do modo Free Ride
Free Ride substitui por completo o antigo modo Explore e expande as possibilidades para jogadores que buscam desvios da história principal. Ainda que o mundo continue compacto, o conteúdo complementar torna o envolvimento mais estimulante.
Além disso, o modo inclui atividades clássicas como corridas e combates, entregando uma experiência que, embora rudimentar, representa um avanço em relação ao cenário desprovido anterior.
Novas atividades: corridas e combates
As missões adicionadas no Free Ride são divididas entre dois focos principais: velocidade e violência. No primeiro grupo, os jogadores podem participar nas seguintes atividades:
- Corridas de carro:3 circuitos fechados, 3 rachas lineares e 6 provas contra o relógio.
- Corridas a cavalo:apenas 3 corridas disponíveis, refletindo o desinteresse geral pelos cavalos no modo história.
No segundo grupo, o combate toma forma através de:
- 5 tiroteios diretos(Standoffs), que entregam ação ininterrupta.
- 4 missões de assassinato, voltadas para furtividade e eliminação de alvos específicos.
Essas tarefas ampliam levemente a sensação de propósito no mundo de Mafia: The Old Country, ainda que careçam de profundidade.
Segredos escondidos e recompensas
Um elemento interessante citado pela 2K na divulgação da atualização é a presença de “segredos escondidos” no mapa. Tais elementos prometem recompensas poderosas, conforme descrito oficialmente — embora os itens estejam restritos pelas limitações da própria ambientação do título.
Entre as novidades desbloqueáveis, estão:
- 4 novas facas
- 3 armas de fogo adicionais
- 2 modelos inéditos de veículos
- 3 amuletos extras
- 16 trajes alternativos
Ainda que o impacto desses colecionáveis não seja transformador, eles fornecem incentivo suficiente para explorar o mapa com algum propósito.
Recursos adicionais da atualização
Além do modo Free Ride, o update traz outras funcionalidades que renovam o jogo de forma pontual:
- Modo foto, permitindo capturas artísticas.
- Cinema Siciliano:visual em preto e branco, áudio com qualidade propositalmente reduzida, e idioma siciliano ativado por padrão.
- Modo Clássico de dificuldade, inspirado no primeiro game da série.
- Condução em primeira pessoa, uma estreia na franquia, permitindo dirigir observando pelo ponto de vista do motorista.
Esse último recurso, em especial, pode agradar fãs de carros antigos e corridas imersivas, ainda que não justifique sérias horas de jogo por si só.
O sucesso comercial apesar das limitações
Mesmo com críticas à jogabilidade previsível e à ausência de inovação, Mafia: The Old Country obteve desempenho comercial expressivo. A estratégia de corte na estrutura narrativa e o preço reduzido agradaram o público e renderam, segundo o CEO da Take Two, Strauss Zelnick, o “resultado perfeito”.
Dado esse retorno positivo, é possível que projetos semelhantes, com foco reduzido e ambição contida, sejam priorizados pelo estúdio Hangar 13 em futuros lançamentos.
Em resumo, a atualização Free Ride não reinventa Mafia: The Old Country, mas concede à sua ambientação limitada um sopro de vida. É uma evolução modesta, porém consciente, que busca valorizar o que já foi produzido sem alterar radicalmente sua proposta original.
Leia também:
- A ascensão dos jogos de RPG de mundo aberto
- A assombrosa história do jogo Haunted House do Atari 2600
- A história do jogo Seaquest para Atari 2600
- A jornada do jogo The Last of Us do PlayStation 3
- A resposta do Wordle de hoje é revelada
- Análise de Mafia: The old Country
- Análise do jogo Full Metal Schoolgirl
- ARC Raiders: análise completa e crítica