Prequels no universo dos videogames muitas vezes oferecem uma imersão mais profunda na mitologia e nos personagens queridos pelos fãs. Com tecnologia mais avançada e liberdade criativa, muitos desses jogos não apenas complementam os títulos originais, mas também elevam toda a franquia.
Ao contar histórias anteriores aos eventos já conhecidos, vários estúdios conseguiram enriquecer os mundos nos quais jogadores já estavam investidos. A seguir, confira os 10 melhores prelúdios do mundo dos games.
O que você vai ler neste artigo
Batman: Arkham Origins
Lançado com a missão de preencher o intervalo entre Arkham City e Arkham Knight, Batman: Arkham Origins volta oito anos no tempo e mostra um Bruce Wayne ainda em formação sob o capuz. A narrativa se passa na véspera de Natal, quando o herói encara sua primeira grande ameaça: um contrato milionário incentiva alguns dos assassinos mais perigosos de Gotham — como Bane e Deathstroke — a caçarem o Cavaleiro das Trevas.
Mais que um pacote atrativo de ação furtiva, o jogo oferece um primeiro contato significativo entre Batman e o Coringa. A introdução da droga TN-1, usada por Bane, antecipa o surgimento da substância Titan, peça-chave nas tramas dos títulos seguintes. Ainda que ofuscado pelo brilho de Arkham City em seu lançamento, Arkham Origins se destaca como um prólogo bem amarrado e impactante.
God of War: Chains of Olympus
Mesmo sendo destinado ao portátil PSP, God of War: Chains of Olympus não poupou em escala ou intensidade. Situado antes dos acontecimentos do primeiro jogo, ele acompanha Kratos em sua trajetória inicial como servo dos deuses do Olimpo. Durante sua jornada, o protagonista enfrenta as consequências diretas de seus pactos, o que contribui para a construção de sua aversão às divindades.
O salto tecnológico impressiona, com gráficos impactantes e jogabilidade fluida mesmo sem o segundo analógico. Chains of Olympus é uma amostra de que plataformas portáteis também podem proporcionar experiências épicas, servindo tanto como uma expansão do personagem quanto como uma peça essencial do legado de Kratos.
Super Mario World 2: Yoshi’s Island
Com traços desenhados à mão e estilo artístico semelhante a giz de cera, Super Mario World 2: Yoshi’s Island é um exemplo clássico de como um prequel pode cativar sem depender de altos recursos narrativos. A trama mostra os Yoshi protegendo o Bebê Mario e partindo em busca do Bebê Luigi, sequestrado por Kamek.
Mais do que um conto de origem afetivo, o game revolucionou a franquia ao remover o cronômetro e incentivar a exploração. A movimentação leve e mecânicas acessíveis tornaram-no uma vitrine das capacidades técnicas e criativas da Nintendo na era 16-bits.
Divinity: Original Sin
Servindo como o ponto de pavimentação da série Divinity, Original Sin se passa mais de mil anos antes do título original. A história aprofunda o universo de Rivellon e apresenta os perigos da Source magic, além de versões jovens de personagens importantes como Zandalor.
Porém, o diferencial está no robusto sistema de combate baseado em elementos e física, sendo possível criar efeitos combinados como eletrificar água ou congelar sangue. O jogo marcou um divisor de águas para o estúdio Larian Studios, lançando as bases para o prestigiado Divinity: Original Sin II e Baldur’s Gate 3.
Devil May Cry 3: Dante’s Awakening
Considerado por muitos o verdadeiro ponto de virada da franquia, Devil May Cry 3 retorna aos tempos de juventude do irreverente caçador Dante. Nele, conhecemos com mais profundidade o conflito com seu irmão gêmeo Vergil, personagem que ganhou importância definitiva para a saga.
Além da volta do humor sarcástico e da dificuldade elevada — famosa por desafiar inclusive jogadores veteranos —, o terceiro game incorporou o inovador sistema de estilos de combate. Essa mecânica permite ao jogador adaptar-se ao seu estilo preferido, transformando a jogabilidade em um verdadeiro espetáculo de precisão e estilo.
Halo: Reach
Desenvolvido como o último projeto da Bungie com a franquia antes de passá-la à 343 Industries, Halo: Reach descreve os eventos que levaram ao início de Halo: Combat Evolved. Sem a presença de Master Chief, o foco recai sobre os integrantes da Equipe Noble e sua missão desesperada para defender o planeta Reach.
Reach surpreendeu por mostrar o lado derrotado da humanidade com um tom mais sombrio e emocional. O sacrifício final do Esquadrão Noble, que termina com um dos finais mais impactantes da série, ancora toda a mitologia Halo com peso dramático raro na franquia.
Yakuza 0
Voltando à Tóquio dos anos 1980, Yakuza 0 explora a juventude de Kazuma Kiryu e Goro Majima, dois dos personagens mais complexos e carismáticos da série. Com ambientação luxuosa nos bairros de Kamurocho e Sotenbori, o jogo aborda os esquemas de poder, ambição e lealdade em pleno auge da economia japonesa.
A narrativa cruza lutas de rua com dramas pessoais, incrementando várias camadas ao universo Yakuza. A obra também se tornou uma excelente porta de entrada para novos jogadores, estabelecendo firmemente a identidade da série para públicos ocidentais.
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Outros destaques notáveis
Ao longo dos anos, diversos jogos também deixaram sua marca ao olhar para o passado das grandes franquias:
- Red Dead Redemption 2: uma tragédia dos fora da lei com um realismo impressionante;
- Metal Gear Solid V: The Phantom Pain: puzzle político e emocional que molda os eventos de Metal Gear;
- Crisis Core: Final Fantasy VII: profundidade ao universo de Midgar ao focar em Zack Fair.
Combinando nostalgia, mecânicas apuradas e histórias ricas, esses prequels reforçam como o passado pode ser tão ou mais instigante que o futuro. Eles não só aprofundam nossas conexões com personagens e universos, como também renovam franquias, trazendo novos e antigos fãs de volta ao controle.
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