análise completa de nhl 26: melhorias, pontos fortes e desafios

NHL 26 mantém a tradição anual dos simuladores de hóquei da EA Sports, oferecendo uma boa representação do esporte no gelo, porém sem grandes avanços em mecânicas ou gráficos. Apesar de aspectos positivos, ainda há pontos que precisam evoluir.

Mesmo com uma base sólida consolidada ao longo dos anos, o jogo segue apostando em mudanças pontuais, o que levanta questionamentos sobre sua real evolução frente às versões anteriores. A familiaridade pode agradar fãs antigos, mas talvez decepcione quem esperava algo mais ousado.

Um jogo polido, mas conservador

NHL 26 entrega um gameplay sólido, mantendo suas raízes em modos já conhecidos como o Franchise e o Be a Pro. As partidas continuam rápidas, os controles respondem bem e o trabalho de física do puck ainda impressiona. O Franchise segue sendo o carro-chefe, permitindo montar e comandar uma equipe até a conquista da Stanley Cup.

Entretanto, a sensação de déjà-vu prevalece. As mudanças deste ano parecem mais cosméticas. Há atualizações nos elencos, com transferências como Mitch Marner agora jogando pelos Golden Knights e Matt Dumba aparecendo com a camisa dos Penguins. Além disso, o novo nome e identidade visual do Utah Mammoth foram implementados corretamente.

A liga feminina (PWHL) também teve atualizações com duas novas equipes alinhadas com a temporada 2025-2026, mas infelizmente, não houve melhorias perceptíveis no modo em si. Estes ajustes de conteúdo, embora relevantes, não apresentam inovação na jogabilidade ou mecânicas.

Visibilidade inteligente para sua marca

Entre em contato e anuncie aqui!

Be a Pro: mudanças bem-vindas com ressalvas

A experiência centrada na carreira individual do jogador, o modo Be a Pro, recebeu melhorias pontuais que agradam em alguns aspectos, mas decepcionam em outros. A tradicional cena de abertura no gelo com crianças foi finalmente removida, rompendo com o tom repetitivo do passado. Agora, o jogador é transportado diretamente para a criação do personagem.

As incômodas reuniões com o técnico, presentes nas edições passadas, deram lugar a entrevistas coletivas. A intenção de trazer mais realismo até funciona nas primeiras interações, mas rapidamente se tornam repetitivas. O pior é que as respostas têm impactos pouco claros: uma escolha aparentemente neutra pode reduzir o status de marca do personagem sem justificativa evidente.

Além disso, há situações desproporcionais, como perder pontos por escolher um jogador como inspiração. Esse tipo de penalização acaba gerando frustração desnecessária.

HUT com novidades offline bem-vindas

Para quem prefere montar seu próprio time dos sonhos com as lendas da NHL, o modo Hockey Ultimate Team (HUT) continua presente. Contudo, a substituição do Squad Battles pelo modo offline Cup Chase representa uma das melhorias mais bem-vindas no título.

A inclusão de um modo campanha totalmente offline, com níveis ajustáveis de dificuldade, permite que os usuários testem suas equipes personalizadas sem a pressão do competitivo online. Essa adição amplia o apelo do HUT para jogadores mais casuais ou aqueles que não desejam investir dinheiro real para competir em pé de igualdade.

Apesar disso, a monetização ainda é um fator, com pacotes e benefícios extras oferecidos a quem gastar dinheiro real. Os bônus diários fornecem alguma progressão, mas a discrepância entre usuários pagantes e não pagantes ainda é visível no matchmaking online.

Gráficos estacionados na geração passada

Mesmo com o abandono oficial das versões para PS4 e Xbox One, NHL 26 não se mostra como um salto notável em termos visuais. Os detalhes no gelo são o principal destaque gráfico — desde o desgaste da superfície até os reflexos realistas. No entanto, os modelos de jogadores, técnicos e torcedores continuam com aparência datada.

Problemas antigos persistem, como logotipos cortados em algumas telas, reações de torcida automatizadas e expressões faciais limitadas. Com outros jogos esportivos entregando experiências visuais mais modernas, NHL 26 fica atrás na comparação com os concorrentes.

Esse contraste é especialmente visível quando se observa franquias como FIFA e NBA 2K, que oferecem ambientações mais detalhadas, animações realistas e maior fidelidade gráfica geral.

Trilha sonora marcante e sons autênticos

Em contrapartida à parte visual, o áudio merece elogios. NHL 26 apresenta uma seleção musical energética e atualizada, com faixas de bandas como Wet Leg e The Hives, ajudando a criar uma ambientação vibrante nos menus. Sons de torcida, toques de organista e cantos específicos por arena foram mantidos, oferecendo um ambiente imersivo durante as partidas.

Já a narração, apesar de competente, pode se tornar repetitiva após longas sessões. Felizmente, o jogo permite desativá-la. Por outro lado, a dublagem de Macklin Celebrini nas cenas de Be a Pro é um ponto claramente abaixo do restante, revelando que nem todos os atletas brilham também como atores.

Considerações finais

NHL 26 é, acima de tudo, seguro demais. Embora apresente pequenos acertos — como o novo modo offline, o fim de clichês narrativos e atualizações nos elencos —, ele falha em oferecer a revolução que muitos esperavam após o salto para a atual geração de consoles.

O gameplay segue divertido e fiel ao espírito do hóquei, mas o conservadorismo excessivo faz com que essa edição pareça mais uma pequena atualização do que um título novo de fato. Para veteranos da série, pode ser suficiente, mas para quem busca inovação, NHL 26 provavelmente deixará a desejar.

Leia também:

Publicações relacionadas

Impressões iniciais de NBA 2K26

Atualização de Valheim: call to arms tem melhorias no combate

Screamer 2026: detalhes e novidades