O cenário de Phasmophobia segue em constante transformação — e 2025 tem sido um ano marcante para o aguardado jogo de terror cooperativo que desafia caçadores de fantasmas a enfrentarem o desconhecido. Em destaque recente, o mapa Grafton Farmhouse passou por uma drástica reformulação, proporcionando uma experiência mais imersiva e assustadora para os jogadores.
A equipe da Kinetic Games, liderada pelo diretor de arte Corey J. Dixon, compartilhou detalhes sobre os bastidores dessa e de outras mudanças que estão moldando o futuro do jogo. Os planos envolvem novos mapas, aprimoramentos visuais e até uma adaptação cinematográfica em parceria com a Blumhouse.
O que você vai ler neste artigo
Por que reformular os mapas
A reformulação dos mapas tem sido uma prioridade clara para o estúdio, com o intuito de renovar a identidade artística e proporcionar experiências mais coesas. Segundo Dixon, a decisão de revisar mapas icônicos como Grafton e Bleasdale partiu da visão do criador Dan Knight, que queria distanciar o jogo de recursos pré-fabricados e aproximá-lo de uma criação original e autoral.
Com o tempo, as semelhanças entre Grafton e Bleasdale tornaram-se quase indistinguíveis para a comunidade. A partir disso, a estratégia adotada foi tornar cada ambiente único em estilo e atmosfera — enquanto Bleasdale assumiu um tom de mansão ornamentada, Grafton seguiu por uma abordagem mais deteriorada e abandonada.
O novo Grafton Farmhouse aposta numa ambientação muito mais sombria e perturbadora. A proposta de visual ruído e decadente simula com mais fidelidade a atmosfera de locais reais de caça-fantasmas. Os jogadores agora interagem com espaços degradados, servindo como o palco ideal para sustos mais intensos.
Para a Kinetic Games, um dos objetivos principais da reformulação era justamente provocar sensações inéditas em jogadores veteranos, ao mesmo tempo que cria um clima mais impactante para novatos. Elementos de storytelling ambiental também foram adicionados, incentivando interpretações subjetivas sobre o que pode ter ocorrido no local antes da chegada dos jogadores.
Como equilibrar mapas grandes e pequenos
Um dilema constante para a equipe de desenvolvimento é o equilíbrio entre mapas de grande escala e experiências mais contidas. A própria comunidade tem preferência clara por mapas pequenos, segundo os dados internos da Kinetic. Isso se deve à agilidade nas partidas e à intensidade dos encontros paranormais.
Contudo, mesmo com pedidos por ambientes mais extensos, o estúdio prioriza conteúdo acessível. Mapas maiores demandam mais tempo de desenvolvimento e impactam o cronograma das atualizações. A solução está em manter um ritmo que permita criar diversidade de mapas sem prejudicar a regularidade das atualizações.
Tanglewood e Nell’s Diner no radar
Tanglewood, um dos mapas favoritos do público, também será reformulado. A equipe promete mudanças sutis, o suficiente para modernizar os visuais sem afastar os jogadores fiéis. Já Nell’s Diner, previsto como novo mapa inédito, trará uma ambientação retrô americana, inspirado em lanchonetes dos anos 1960.
O novo mapa é classificado como pequeno e foi concebido estrategicamente para equilibrar estética e jogabilidade. A escolha do local vem do alto índice de identificação emocional dos jogadores com espaços cotidianos — casas, estabelecimentos comerciais familiares, etc. Isso intensifica o medo ao jogar, já que o reconhecimento do lugar o torna mais real.
Novas abordagens de jogabilidade
A jogabilidade também passou por transformações significativas. O Chronicle Update, lançado anteriormente em 2025, trouxe alterações no sistema de evidências, deixando-o mais lógico e recompensador.
Dixon destacou que, antes da mudança, era difícil justificar uma fotografia de um objeto caído como prova de atividade paranormal. Agora, cada ação da entidade pode deixar pistas mais coesas. Além disso, a implementação de desafios personalizados e recompensas ajustadas trouxe maior profundidade para os jogadores mais experientes.
Atualizações e ritmo de desenvolvimento
Mesmo com críticas ao ritmo de desenvolvimento em anos anteriores, 2025 tem mostrado um cenário mais dinâmico. Somente neste ano, além das reformulações de Grafton e Bleasdale, Phasmophobia recebeu novas mecânicas, eventos sazonais como o de Páscoa e tem ainda a chegada de Nell’s Diner no segundo semestre.
Isso reflete a expansão da equipe da Kinetic Games. O estúdio, que começou com apenas três desenvolvedores, hoje conta com um time coeso responsável por acelerar e profissionalizar os lançamentos.
Rumos para uma versão 1.0 e além
Phasmophobia segue em acesso antecipado desde 2020, mas a ambição dos desenvolvedores é alcançar a versão 1.0 a partir da futura atualização Horror 2.0, prevista para 2026. Essa fase deve marcar o momento em que o jogo será considerado completo em termos de funcionalidades.
No entanto, mesmo após esse marco, serão mantidos os planos para novas expansões e revisões de mapas antigos. O estúdio enxerga o projeto como algo vivo, em constante evolução conforme o envolvimento e feedback dos jogadores.
Um novo capítulo no cinema
Uma das grandes surpresas para os fãs é a parceria oficial com Blumhouse para adaptar Phasmophobia aos cinemas. A produção está em estágio inicial, mas a Kinetic Games garante que o longa vai manter a essência do jogo, criando uma narrativa fiel que agrade não apenas os jogadores, mas também os amantes do terror sobrenatural.
Dixon afirmou que o envolvimento está sendo colaborativo e que haverá participação ativa do estúdio na elaboração do roteiro. A ideia é capturar a tensão silenciosa de uma investigação paranormal, com todos os momentos de expectativa, sustos e incertezas que tornaram Phasmophobia único.
E Phasmophobia 2?
Embora o foco esteja no fortalecimento do título atual, os desenvolvedores não descartam a possibilidade de uma sequência futura. Segundo Dixon, seria uma chance de aplicar tudo o que aprenderam ao longo do desenvolvimento original — desde conceitos técnicos até escolhas de design que hoje poderiam ser diferentes.
No entanto, qualquer conversa mais concreta sobre Phasmophobia 2 dependerá do encerramento natural do primeiro jogo, quando a equipe sentir que a missão foi cumprida.
Com novos mapas, reformulações gráficas, uma adaptação cinematográfica e uma comunidade engajada, Phasmophobia continua sendo um dos mais vibrantes e inquietantes títulos do gênero. O jogo ainda não chegou à sua forma final, mas cada atualização o aproxima de um futuro onde poderá ser lembrado como referência em horror cooperativo.
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