Eles se movem nas sombras com passos quase inaudíveis, farejando suas vítimas antes mesmo de serem vistos. Os espreitadores, nova ameaça na segunda temporada de The Last of Us, elevam o nível de tensão a outro patamar.
Com comportamento imprevisível e ataques sorrateiros, essa variação dos infectados causa pânico onde passa. A série da HBO aposta em criaturas ainda mais inquietantes nesta nova fase da história.
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O que são os espreitadores
Os espreitadores, também chamados de "Stalkers" no universo de The Last of Us, representam uma fase intermediária da infecção pelo Cordyceps. Surgem entre os corredores (“runners”) e os temidos estaladores (“clickers”), tanto no jogo da Naughty Dog quanto na sua adaptação para a TV.
Diferente dos primeiros estágios, os espreitadores já apresentam deformações fúngicas mais acentuadas, mas ainda conseguem enxergar. Isso os torna mais perigosos, pois combinam habilidades humanas com características cada vez mais predatórias das fases avançadas da doença. Ao contrário dos clickers, que se orientam por ecolocalização, os espreitadores mantêm um comportamento mais furtivo, escondendo-se à espreita.
Estes infectados preferem ambientes escuros e fechados, onde emboscam suas vítimas. Nos jogos, são conhecidos por surgirem de repente, colados às paredes ou em dutos, se revelando apenas no último segundo. Ao que tudo indica, essa mesma dinâmica tensa e imprevisível será explorada na série da HBO.
Além disso, seu nome não é por acaso. Eles literalmente espreitam os sobreviventes por tempos prolongados antes de atacar — esperando o momento mais vulnerável da presa. Essa característica os distingue dos outros tipos de monstros do universo da série.
Diferenças entre espreitadores, corredores e estaladores
À medida que o fungo Cordyceps se aloja e evolui no corpo humano, ele avança por estágios distintos. Cada fase altera comportamentos, capacidades físicas e sentidos dos infectados. Veja abaixo as principais diferenças:
- Corredores (Runners): recém-infectados; são rápidos, agressivos e ainda mantêm algumas feições humanas. Atacam em grupos.
- Espreitadores (Stalkers): estágio intermediário; combinam velocidade, furtividade e inteligência tática. Preferem caçar no silêncio.
- Estaladores (Clickers): estágio avançado; completamente cegos, se guiam pelo som. O corpo já é dominado pelos fungos, com o crânio exposto em placas fúngicas.
Enquanto corredores partem para o confronto direto, os espreitadores se escondem, observam e atacam sutilmente. Já os estaladores causam pavor não apenas pelo aspecto grotesco, mas pela letalidade e resistência física absurda.
Esse contraste deixa claro o avanço da infecção e torna a convivência no apocalipse fúngico cada vez mais desafiadora — algo que a segunda temporada pretende intensificar.
Adaptação na série e o impacto visual
A nova temporada de The Last of Us promete mergulhar em criaturas que desafiam tanto a lógica quanto a sanidade dos protagonistas. Os espreitadores recebem atenção especial dos criadores da série, já que sua introdução requer mais do que apenas maquiagem prostética — é necessário um trabalho cuidadoso de som, movimento e coreografia.
A direção de arte e a equipe de efeitos especiais devem se concentrar em traduzir o terror dos games para a televisão, com um cuidado especial no ambiente em que esses monstros surgem. Segundo o designer Neil Druckmann, um dos desafios será equilibrar a tensão contínua com momentos de ação inesperada.
Com a fama de trazer fidelidade ao material original e ainda adicionar camadas dramáticas à história, a HBO tende a criar situações únicas para os espreitadores. A expectativa é que suas aparições sejam mais espaçadas, mas igualmente marcantes — fazendo com que cada encontro com eles seja memorável.
Visivelmente, os espreitadores devem apresentar placas de fungos resistentes, movimentação ágil e uma postura mais animalesca, revelando o estágio limítrofe entre o humano e o monstruoso.
Por que eles tornam a experiência ainda mais assustadora
O fator imprevisibilidade é a principal arma dos espreitadores. Em uma série já marcada por surpresas brutais e dilemas emocionais, a introdução desse tipo de infectado amplia a sensação de insegurança. Nenhum lugar é totalmente seguro quando inimigos são capazes de permanecer invisíveis e atacar com tamanha precisão.
Além disso, eles mexem com o medo psicológico. Saber que há algo observando, mas não conseguir ver, cria uma atmosfera de tensão constante. A presença desses monstros exige vigilância absoluta por parte dos personagens e dos próprios espectadores.
Por fim, sua introdução reforça o clima de deterioração contínua do mundo e da própria humanidade. Os espreitadores são um lembrete cruel de que, quanto mais o tempo passa, mais inóspito o universo de The Last of Us se torna.
A renovação da ameaça amplia o fôlego da série, instigando tanto fãs veteranos quanto novos espectadores. E se depender dos rumores, esses não serão os únicos novos tipos de infectados a aterrorizarem a próxima temporada.