Capcom revelou que considerou transformar Resident Evil: Requiem em um jogo online com elementos de mundo aberto. Embora essas ideias tenham sido testadas, os desenvolvedores decidiram priorizar o retorno à essência de horror que consagrou a franquia.
Essa decisão veio após experimentos com múltiplos protagonistas e tiroteios intensos, características mostradas em trechos da versão descartada. O resultado é uma experiência single-player totalmente offline, agendada para lançamento em 2026.
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Primeiro conceito: um Resident Evil online e de mundo aberto
Durante os estágios iniciais do desenvolvimento de Requiem, a Capcom explorou novas possibilidades de design. De acordo com o diretor Koshi Nakanishi, a equipe experimentou um formato mais voltado para ação cooperativa, com múltiplos personagens e mapas amplos, elementos típicos de jogos de mundo aberto com interações online.
Essas ideias chegaram inclusive a receber testes internos, com protótipos mostrando diferentes personagens engajando combates em ambientes urbanos. Em vídeos divulgados recentemente, é possível ver trechos curtos dessa fase experimental — que, embora ambiciosa, acabou sendo rejeitada.
O produtor Masachika Kawata explicou que o time buscou inovar em mecânicas e atmosferas, mas acabou identificando que o novo formato comprometia aquilo que os fãs esperam da franquia: experiências tensas, solitárias e focadas no suspense.
Volta às raízes do terror
Percebendo o distanciamento dos elementos essenciais de Resident Evil, os desenvolvedores optaram por recomeçar o projeto. A versão atual de Requiem foi criada a partir do zero, com foco total em narrativa, ambientação claustrofóbica e jogabilidade individual.
A decisão marca um retorno consciente à atmosfera clássica da série, especialmente semelhante ao que marcou Resident Evil 7 e Village. Nakanishi destacou que embora os testes com modos online tenham gerado ideias curiosas, a prioridade do estúdio era atender às expectativas dos fãs mais antigos, e manter a identidade construída desde os anos 90.
Kawata ainda comentou que muitos sistemas foram avaliados antes desse redirecionamento. As mecânicas finalizadas agora refletem uma exploração mais contida, com foco em decisões táticas, ambientes urbanos densos e uma experiência narrativa focada.
Raccoon City retorna como pano de fundo
Um dos elementos mais relevantes de Resident Evil: Requiem é a ambientação. Diferente dos títulos mais recentes, como Village e Resident Evil 4 Remake — que se passam em localidades rurais ou isoladas —, Requiem trará de volta a icônica Raccoon City como cenário central da trama.
O diretor de arte Tomonori Takano revelou que essa escolha foi pensada para renovar o dinamismo visual da série, explorando cenários urbanos modernos e mais atuais. Além disso, o retorno à cidade oferece uma variedade maior de desafios urbanos e permite ambientações mais diversas e densas, tanto na superfície quanto em locais subterrâneos.
A escolha por cenários urbanos também amplia o escopo dramático, transportando os acontecimentos de Requiem para locais mais familiares e realistas, em contraste com florestas e vilarejos distantes. Isso oferece uma abordagem mais contemporânea e social à tensão e ao medo, sobretudo para novos públicos.
Leon S. Kennedy e a especulação dos fãs
Mesmo com as revelações recentes da Capcom, uma dúvida ainda paira entre os fãs: a presença de Leon S. Kennedy. Apesar de Nakanishi afirmar que Leon seria um "mau encaixe para o horror", a declaração abriu margens para interpretações. Muitos acreditam que o personagem pode surgir em alguma parte mais voltada à ação da narrativa.
Até o momento, a personagem confirmada como jogável é a agente do FBI Grace Ashcroft, a nova protagonista da série. Seu papel deve ser crucial, indicando um possível recomeço narrativo dentro do universo da franquia. Ainda assim, considerando o histórico da Capcom de manter revelações em sigilo até lançamentos próximos, as especulações continuam intensas.
Enquanto isso, debates online reacenderam a expectativa por aparições de personagens tradicionais em papéis coadjuvantes ou até jogáveis em trechos específicos. Fica no ar a possibilidade de Leon surgir como um segundo protagonista ou em DLCs futuras.
Expectativas para o lançamento
Com lançamento previsto para 2026, Resident Evil: Requiem promete entregar uma abordagem mais alinhada com os capítulos mais sombrios e introspectivos da franquia. O jogo será uma experiência exclusivamente offline e single-player, abandonando totalmente as ideias de conectividade constante ou jogabilidade cooperativa.
Espera-se que Requiem reforce o foco narrativo e a ambientação opressiva — elementos centrais para fãs que valorizam o lado mais psicológico do terror. A movimentação atual da Capcom demonstra um cuidado renovado em preservar a identidade histórica da marca, após anos equilibrando ação e medo em proporções variadas.
Seja pela volta de Raccoon City, pela nova protagonista ou pelo abandono de ideias mais modernas, Requiem chega com o propósito de realinhar Resident Evil às suas origens assustadoras. Tudo indica que os fãs mais puristas da franquia terão, finalmente, um novo título à altura das expectativas.
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