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RuneScape Dragonwilds torna o grind de habilidades mais atrativo

Crédito: Jagex

RuneScape sempre foi sinônimo de paciência e repetição. Durante anos, a ideia de evoluir habilidades parecia exaustiva, especialmente em sua versão Old School, onde cada progresso exigia horas de coleta e combate.

No entanto, isso mudou com o lançamento de RuneScape: Dragonwilds. O novo jogo da Jagex incorporou um sistema de evolução mais dinâmico, tornando o temido "grind" um processo mais acessível — e, surpreendentemente, até prazeroso.

A mecânica do início: difícil, mas recompensadora

Começar uma nova jornada em Ashenfall segue o roteiro básico dos jogos de sobrevivência. O jogador, ao iniciar, precisa procurar água, aprender a coletar frutas e dominar o uso de ferramentas rudimentares. Esse cenário, comum nesse tipo de jogo, costuma ser um obstáculo para muitos iniciantes devido à sua lentidão.

Mesmo assim, Dragonwilds alivia essa curva inicial com algumas escolhas inteligentes de design. Um exemplo claro é o desbloqueio precoce de magias como a do machado mágico cor-de-rosa, que permite derrubar diversas árvores de uma só vez sem consumir estamina ou danificar a ferramenta. Isso reduz o tempo gasto em tarefas repetitivas e adiciona uma sensação de “progresso verdadeiro”.

Sistema de progressão: recompensas visíveis e rápidas

Uma das grandes melhorias de Dragonwilds frente aos jogos anteriores da franquia é sua abordagem à progressão. Subir de nível em habilidades como corte de madeira ou criação de runas ocorre de forma mais rápida nos estágios iniciais. Dessa forma, é gerada uma recompensa quase imediata para o esforço dedicado.

Com isso, o jogador tem acesso mais cedo a habilidades como Windstep, que permite dar grandes saltos evitando dano de queda. Esse tipo de recurso incentiva a exploração e torna o desenvolvimento de habilidades algo empolgante em vez de apenas funcional.

Ambientação envolvente: mais do que apenas metas

Apesar do sistema de habilidades ser o foco, é a ambientação de Ashenfall que transforma a experiência em algo memorável. O continente possui uma beleza rústica, mesmo cercado por goblins e grupos hostis. A sensação de construção é palpável — desde a coleta de flores e pedras até a criação de uma modesta cabana de toras.

Esse senso de imersão faz com que o jogador, muitas vezes, esqueça das missões e se concentre na sua própria narrativa. Construir uma base no vilarejo de Bramblemead passa a ser um objetivo tão gratificante quanto derrotar um chefe ou avançar na história principal.

A arte de explorar sem pressa

Dragonwilds rompe com a lógica de que evolução é, obrigatoriamente, velocidade. Em vez de empurrar o jogador para o enredo principal, o jogo permite que ele encontre satisfação em aprimorar sua base, coletar recursos ou simplesmente vasculhar o cenário. É um jogo onde acender um espírito de fogo ou assar um rato podem ser conquistas legítimas.

Essa quebra de expectativa é essencial: ela redefine o que significa “progredir” em um jogo. Mesmo sem lutar contra dragões ou completar missões grandes, há um avanço constante — mesmo que seja só em aprimorar a culinária rústica ou experimentar novas magias.

Dragonwilds faz algo raro: transforma o temido grind de habilidades em um passatempo tranquilo e recompensador. Ao tornar as mecânicas mais viscerais, o jogo desafia a percepção de que repetição automática equivale a tédio. E, no fim das contas, talvez o grind nunca tenha sido o problema — apenas faltava o jogo certo para fazê-lo valer a pena.

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