O recente remaster de The Elder Scrolls IV: Oblivion ganhou destaque por um motivo inusitado, que vai além das melhorias gráficas esperadas. Jogadores começaram a compartilhar criações de personagens com rostos estranhamente distorcidos e expressões assustadoras.
Essas customizações exageradas reacenderam memórias entre veteranos dos games, remetendo diretamente aos avatares igualmente bizarros do Fallout original. A comparação se espalhou pelas redes como uma mistura de nostalgia e humor involuntário.
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Ajustes gráficos nem sempre aprimoram a naturalidade
O remaster de Oblivion foi anunciado com promessas de melhorias visuais substanciais, como texturas atualizadas, iluminação refinada e compatibilidade com sistemas modernos. Ainda assim, um dos elementos mais marcantes permanece presente: as ferramentas de criação facial, que continuam surpreendendo — e assustando.
Apesar das atualizações, o sistema de edição de rosto permaneceu fiel ao design original, permitindo ajustes finos em cada traço facial. Isso, no entanto, abriu margem para os jogadores extrapolarem a estética realista em prol de resultados caricatos, o que gerou inúmeros rostos grotescos, intencionalmente bizarros.
A semelhança com Fallout: incentivo à criatividade ou erro técnico?
Os rostos estranhamente angulados e com olhos desproporcionais rapidamente trouxeram à tona lembranças do visual rudimentar presente nos primeiros jogos da franquia Fallout. Lançado em 1997, o título da Interplay apresentava um design limitado pela tecnologia da época, o que resultava em personagens visualmente esquisitos, mas marcantes.
Em Oblivion Remastered, no entanto, os gráficos de última geração não impediram que esse estilo "assustador" voltasse. Criadores de conteúdo e usuários no X (antigo Twitter) passaram a comparar as expressões faciais de personagens nascidos no jogo da Bethesda com os primeiros Vault Dwellers da série Fallout — efeito que virou até meme.
Humor e viralização: quando o medo vira piada
Muitos usuários abraçaram esse visual propositalmente disforme como forma de humor. Nas palavras de um internauta, “não é Oblivion se a sua criação não parecer uma mistura de boneco de cera com entidade dos sonhos ruins”. Com isso, vídeos e capturas de tela com expressões inusitadas se espalharam rapidamente em fóruns e redes sociais.
A viralização desses personagens mostra como comunidades de jogos conseguem transformar limitações técnicas ou recursos antiquados em momentos de entretenimento. Muitos consideram esses avatares como parte da alma do jogo, contribuindo para a identidade única de Oblivion mesmo em sua versão remasterizada.
Um retrato cultural da era pós-meme
O contraste entre avanços gráficos e o fascínio por faces distorcidas sugere um aspecto mais amplo da cultura gamer atual. Ao invés de buscar apenas o realismo, jogadores se mostram cada vez mais interessados em explorar o bizarro, o inusitado e o estilizado — mesmo quando a tecnologia torna a modelagem mais realista possível.
Esse comportamento não é estranho a jogos com ferramentas de personalização robustas. Games como Skyrim, Elden Ring e até os Sims já testemunharam ondas de personagens propositadamente "errados", criados não para serem heróis épicos, mas para gerar riso, desconforto ou pura curiosidade online.
As feições bizarras do remaster de Oblivion, portanto, não apenas ativam lembranças esquisitas do Fallout original mas reafirmam a interação lúdica entre jogador e ferramenta, onde o grotesco pode ser não só aceitável, mas desejado.
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