Não há motivo para preocupação: mesmo com o visual renovado, Oblivion Remastered mantém o charme esquisito de seus personagens. Em vez de se tornarem modelos genéricos de beleza, os NPCs continuam fiéis à bizarrice tão característica do original.
A versão remasterizada não transformou os cidadãos de Cyrodiil em rostos harmoniosos e esteticamente agradáveis. Ao contrário, apenas atualizou sua estranheza com texturas de nova geração e expressões melhores renderizadas.
O que você vai ler neste artigo
O reencontro com os clássicos
Revisitar personagens icônicos de "The Elder Scrolls IV: Oblivion" em sua versão remasterizada é uma mistura de nostalgia e surpresa. Figuras como Jorck the Outcast, que em 2016 levava o título não oficial de mais feio do jogo, foram remodeladas, mas sua esquisitice continua viva. Ele agora exibe uma aparência decadente de maneira mais realista, com características que lembram um sujeito emocionalmente devastado e fisicamente desgastado — uma evolução do visual grotesco original.
Já Logvaar, outro NPC notoriamente bizarro da versão clássica, agora apresenta um visual perturbador com olhos pálidos e estatura estranha, sem abandonar o desconforto que sua presença sempre causou. Seu novo design mantém a essência do personagem, embora com toques mais sutis de inquietação visual.
Mudanças que respeitam a identidade original
Mesmo com melhorias gráficas evidentes, a maior conquista de "Oblivion Remastered" está em manter a personalidade visual dos personagens. As novas texturas tornaram os rostos mais definidos, porém conservaram proporções excêntricas, bocas exageradas e olhares assimétricos. Em vez de lapidar a feiura, o jogo a apresentou sob uma nova lente — mais nítida, porém não menos desconcertante.
Casos como o de Newheim the Portly deixam essa linha tênue clara. Antes apenas desagradável, agora ele carrega um ar mais sinistro. Seus olhos estranhamente posicionados despertam uma sensação de desconforto que parece intencional. A diferença está na abordagem: menos caricatura, mais desconforto realista.
Um mundo repleto de rostos memoráveis
A diversidade visual dos NPCs continua sendo um ponto alto. Embora remasterizados, os habitantes de Cyrodiil não se renderam ao padrão clean e repetido visto em outros jogos recentes da Bethesda, como Starfield. Eles ainda compõem um panorama único, com rostos que dificilmente passam despercebidos.
Durante a exploração dos vilarejos e cidades, a variedade de expressões e formatos faciais se mantém rica. Em muitos casos, os personagens causam o mesmo impacto visual que antes, mas com detalhes mais refinados: rugas mais marcadas, olhos mais fundos, cicatrizes visíveis ou cabelos esquisitos. A estranheza está mais detalhada, o que a torna ainda mais cativante.
Autenticidade visual preservada
Em um universo onde remasterizações muitas vezes priorizam o brilho gráfico em detrimento da personalidade, "Oblivion Remastered" oferece um equilíbrio raro. As melhorias não ofuscaram o caráter original dos modelos, mas sim o realçaram. Dessa forma, o jogo não perde sua essência peculiar, tampouco cede à homogeneização estética vista em tantos RPGs modernos.
Com novas expressões faciais, possibilidade de sprint e iluminação aprimorada, os habitantes de Cyrodiil permanecem visualmente bizarros — porém agora em alta definição. O resultado é um desfile de "belos feios", que provocam estranhamento, risadas e curiosidade em igual medida.
Leia também:
- A surpreendente trama de Clair Obscur: Expedition 33
- Como obter e usar Pinnacle Coins em Monster Hunter Wilds
- Fãs elogiam avanços de Oblivion Remastered
- Novo RPG inspirado em Dark Souls chega amanhã
- O impacto de Tolkien em Dungeons & Dragons
- O universo dos Jogos de RPG
- Rostos bizarros em Oblivion Remastered surpreendem jogadores
- Stardew Valley e Pokémon inspiram RPG de sucesso no financiamento coletivo
