A remasterização de The Elder Scrolls IV: Oblivion trouxe visuais atualizados com a Unreal Engine 5, mas manteve intacta sua essência, incluindo falhas técnicas famosas. Uma delas, surpreendentemente preservada, permite encerrar o jogo em poucos minutos.
O clássico glitch do "portão final secreto" segue existindo na nova versão, levando speedrunners a baterem recordes usando estratégias conhecidas da comunidade há quase duas décadas.
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A remasterização fiel até nas falhas
Apesar das diversas melhorias visuais, Oblivion Remastered não conserta tudo — e isso, curiosamente, está longe de ser um problema para os fãs mais antigos. Um dos exemplos mais comentados e celebrados foi a permanência da lendária porta secreta no Distrito do Templo da Cidade Imperial. Trata-se de um acesso escondido que leva diretamente ao final da campanha, fazendo com que toda a história principal seja ignorada.
Essa porta existe em um “clone” da célula do Distrito do Templo, usada exclusivamente para a sequência final do jogo, onde o personagem de Sean Bean se sacrifica pela humanidade. Por algum motivo técnico, esse espaço alternativo também contém uma porta acessível desde o cenário normal.
Speedruns ganham nova vida com glitch antigo
A comunidade de speedrunners viu na remasterização uma nova chance de explorar rotas antigas usando mecânicas revisitadas. Um dos mais conhecidos criadores de conteúdo sobre Oblivion, o youtuber Bacon_, publicou um vídeo completando o jogo em apenas 12,5 minutos, graças exatamente a esse glitch.
Na versão original, uma das táticas incluía empilhar pincéis suspensos no ar — um método hoje abandonado por ser demorado. Agora, com o motor gráfico atualizado, surgiram novos recursos. Bacon_ utilizou uma técnica baseada na física da Unreal Engine 5, envolvendo sentar-se em uma cadeira após ativar uma habilidade para gerar um efeito ragdoll ao esgotar a estamina, o que permite manipular a câmera e atravessar colisões.
A combinação de nostalgia e exploração técnica
Assim como já aconteceu com outros jogos clássicos usados por speedrunners — como Mario 64 ou Baldur's Gate 3 — Oblivion continua exercendo fascínio. A existência contínua desse tipo de brecha cria uma ponte entre as comunidades de jogadores das antigas e os novos usuários atraídos pela remasterização.
Experiências como essa reforçam a ideia de que jogos não são apenas sobre gráficos ou narrativa, mas também sobre como interagimos com seus sistemas e, muitas vezes, subvertemos suas regras com criatividade.
Preservação do improvável e do nostálgico
Com falas bugadas que foram mantidas — e até tratadas com nova sincronia labial — a remasterização de Oblivion mostra que parte de seu charme vem justamente de suas rugosidades. Entre falas mal gravadas e glitches históricos, o jogo conquista novos fãs e preserva a idolatria dos veteranos.
Enquanto muitos aproveitarão as melhorias gráficas para mergulhar novamente nas missões da Dark Brotherhood ou da Thieves Guild, o glitch da "porta final" continuará sendo um lembrete do quanto uma falha técnica pode se tornar um ícone cultural dentro de um jogo.
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