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Final Fantasy 7 remake parte 3 seguirá foco na experiência dos fãs

Clair Obscur: Expedition 33 foi um sucesso surpreendente, conquistando milhões de jogadores em poucos meses. Seu combate por turnos, inspirado nos JRPGs clássicos, reacendeu uma discussão sobre o retorno desse estilo de jogo ao mainstream.

Apesar do fenômeno, a Square Enix mantém cautela. Naoki Hamaguchi, codiretor de Final Fantasy 7 Remake Parte 3, destacou que tendências atuais não definirão o rumo da franquia. O objetivo, segundo ele, é entregar uma experiência envolvente para os fãs.

Reação ao fenômeno Clair Obscur

O lançamento de Clair Obscur: Expedition 33 marcou um ponto de virada para os RPGs de combate por turnos. O jogo ultrapassou a marca de 5 milhões de cópias vendidas em apenas cinco meses, um feito expressivo mesmo entre grandes lançamentos do gênero. O estilo tradicional de gameplay, aliado a uma direção artística sofisticada e narrativa imersiva, ajudou a provocar um sentimento de “renascimento” dos JRPGs.

Apesar disso, Hamaguchi deixou claro, em entrevista ao TheGamer, que o sucesso do título da Sandfall Interactive não influencia diretamente as decisões criativas do time por trás do remake de Final Fantasy 7. Para ele, o mais importante é entender qual tipo de experiência os fãs desejam ter, e não apenas seguir tendências de mercado.

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Direção criativa em Final Fantasy 7 Remake Parte 3

No comando criativo do terceiro capítulo da trilogia remake, Hamaguchi explicou que a escolha entre combate por turnos ou ação em tempo real não foi definida. A abordagem, segundo ele, será determinada pela visão do diretor e pela narrativa que desejam explorar. Assim, não é possível afirmar, neste momento, se o título seguirá os moldes clássicos ou continuará a trilha mais dinâmica adotada em Rebirth.

Ele afirmou ainda que, independentemente das escolhas de jogabilidade, o principal desafio está em entregar algo que ressoe com a base de fãs, priorizando qualidade narrativa, ambientação, e equilíbrio entre os sistemas de combate e exploração. A intenção é oferecer uma experiência coerente com as expectativas criadas pelos jogos anteriores, sem sacrificar inovação.

Discussão sobre ação versus combate por turnos

Essa mesma questão também foi abordada por Naoki Yoshida, produtor de Final Fantasy 16 e diretor de Final Fantasy 14. Em julho, Yoshida explicou que a escolha do modelo de combate deve estar alinhada à proposta artística e narrativa do projeto e não ser vista de forma isolada. Ou seja, priorizar apenas o estilo de batalha comprometeria a coesão estrutural e a entrega final do título.

Ele também reforçou que não deseja limitar os futuros criadores da franquia, como os possíveis realizadores de Final Fantasy 17 ou 18. O objetivo é preservar a liberdade criativa e evitar que inovações se tornem imposições que impeçam novas visões de surgirem.

Troca de experiências entre estúdios

Curiosamente, houve uma aproximação entre os desenvolvedores das duas franquias. A equipe de Clair Obscur visitou recentemente os escritórios da Square Enix, onde se reuniu com Hamaguchi e Ryosuke Yoshida (diretor de Visions of Mana). Guillaume Broche, diretor do jogo da Sandfall, e outros membros da equipe relataram uma rica troca de ideias com a gigante japonesa.

Essa interação, classificada como uma “troca criativa de visões e ideias”, mostra o quanto o estúdio francês tem se tornado uma referência no gênero. Mesmo com caminhos distintos, há admiração mútua entre os desenvolvedores, o que pode influenciar positivamente projetos futuros, inspirando soluções inovadoras.

Progresso e expectativas da Parte 3

O desenvolvimento do terceiro e último jogo da trilogia Final Fantasy 7 Remake teve início em junho de 2022. A Square Enix planeja lançá-lo até 2027, e a história já foi finalizada, o que sugere avanços significativos na produção. A expectativa dos fãs se intensificou após essas confirmações, especialmente após o sucesso de Rebirth, lançado em 2024.

Ainda que Rebirth não tenha atingido as metas financeiras da companhia no lançamento, Hamaguchi garantiu que o jogo apresentou bom desempenho nas plataformas PC e PS5. Isso permitiu ao estúdio focar em entregar um fechamento digno à trilogia, com atenção especial à qualidade, ritmo e fidelidade à obra original.

Compromisso com a experiência e os ícones da saga

Ainda em entrevista, Hamaguchi prometeu que a equipe está equilibrando o ritmo da narrativa e ajustando o volume e a distribuição das missões. Embora discorde das críticas de que Rebirth teve seções extensas demais, ele reconhece a importância de um próximo título mais conciso, com arcos bem delimitados e narrativas mais densas.

Além disso, o time se comprometeu a manter momentos icônicos, como a introdução do dirigível. A promessa é não “trapacear” ou minimizar esses elementos clássicos, garantindo que cenas marcantes da obra original sejam adaptadas com o devido respeito ao legado da franquia.

A expectativa, portanto, não está atrelada apenas ao tipo de combate, mas à construção de um encerramento emocionalmente satisfatório e tecnicamente refinado. Seja com batalhas em tempo real ou por turnos, o que define esse capítulo final será sua capacidade de capturar o coração dos fãs.

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