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Code Vein 2: novidades e melhorias

A sequência de Code Vein foi uma das grandes surpresas reveladas durante o Summer Game Fest, atiçando a curiosidade dos fãs de action-RPG. Mesmo sem estourar em seu lançamento original, o primeiro jogo conquistou uma base devota por sua jogabilidade estilosa, narrativa dramática e um criador de personagens absurdamente detalhado.

Agora, com Code Vein 2, a Bandai Namco busca refinar sua fórmula sombria, mantendo o DNA de seu antecessor, mas expandindo suas ideias em escala e ambição visual. Durante um preview, foi possível perceber que o jogo não perde tempo em mostrar para quê veio.

Sistema de criação de personagens ainda mais robusto

Mesmo com um curto tempo disponível, o criador de personagens de Code Vein 2 merece atenção. Os jogadores têm acesso a um leque impressionante de personalizações, podendo ajustar traços minuciosos como formato de orelhas e dentes. O sistema também permite ligar e desligar partes específicas das roupas, criando um visual mais limpo ou estilizado conforme a vontade do usuário.

O visual exagerado continua, permitindo chapéus enormes, roupas excêntricas e estilos dignos de um anime de ação gótica. Para os que preferem algo mais direto, existem designs predefinidos. Porém, para os fãs de personalização profunda, o sistema promete horas de possibilidades criativas.

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Estrutura do mundo: aberto, mas com limites

Um dos pontos que geram mais dúvida é definir se Code Vein 2 é realmente um jogo de mundo aberto. A resposta dos desenvolvedores não é objetiva. Sabe-se que ele possui apenas um overworld interligado, que é significativamente maior que no jogo anterior, com áreas conectadas entre si de forma fluida.

Durante o prévia, foi possível ver o protagonista dirigindo uma motocicleta por uma cidade destruída, com dungeons acessíveis sem qualquer carregamento visível. O design sugere zonas amplas com alto grau de exploração, embora a estrutura ainda mantenha um sistema de missões e objetivos centrais. Assim, o mundo mostra-se mais como um "open zone" do que puramente aberto.

Companheiros e o novo sistema de parceria

Um dos pilares da narrativa e da mecânica de Code Vein 2 gira em torno dos parceiros, agora chamados de “buddies”. Com a ausência de modo cooperativo online, os aliados se tornam ainda mais importantes no campo de batalha. Um bom exemplo disso é Josée, a parceira apresentada na demo, armada com uma espada enorme e capaz de ataques incendiários de curto e longo alcance.

Esse sistema não se limita à ajuda pontual: os buddies podem reviver o jogador e receber auxílio da mesma forma. Há ainda a possibilidade de “assimilação”, ou seja, remover o companheiro de campo temporariamente em troca de aumentos significativos nos atributos e ataques especiais extras. Isso adiciona uma camada tática extra ao combate e pode ser útil para jogadores que preferem atuar sozinhos, mas ainda desejam os bônus das parcerias.

Novo sistema de combate e habilidades

O combate continua sendo um destaque. Os sistemas vistos em Code Vein 1 foram retrabalhados com mais fluidez e impacto. Com tecnologias como o uso do recurso “Ichor”, o jogador pode acumular energia e usá-la em habilidades poderosas. As Jails, armas auxiliares presentes no arsenal, permitem ataques especiais e até golpes finais cinematográficos.

Dinâmica de combate inclui:

  • Construção de bleeds com ataques normais
  • Coleta de Ichor com armas secundárias
  • Gasto de Ichor com habilidades como “bequeathed formae”, que ativam armas únicas como um arco gigante ou escudo pesado
  • Habilidades especiais de finalização com asas vampíricas

A gameplay dá liberdade para experimentação com dezenas de variações possíveis de builds. Assim como no original, entender e dominar os sistemas exige tempo, mas é recompensador para quem gosta de combinações táticas.

Viagens no tempo e reviravoltas narrativas

Embora as mecânicas de viagem no tempo não estivessem disponíveis durante o preview, essa foi uma das promessas mais intrigantes por parte dos desenvolvedores. Ambientado em um futuro onde o mundo foi destruído por eventos passados, personagens ganham a habilidade de retornar no tempo e alterar o curso dos acontecimentos. As mudanças podem gerar consequências drásticas no presente e, em certos casos, impedir o retorno ao tempo atual.

Essa abordagem narrativa dá margem para múltiplos desdobramentos e finais distintos, embora falte comprovação prática de como isso será implementado em jogabilidade. Ainda assim, é possível que esse novo enredo mais livre de amarras sirva para atrair novos jogadores sem perder o charme do universo sombrio e poético característico da franquia.

Atentando aos detalhes que importam

Um dos retornos bem recebidos pela comunidade é o do compositor Go Shiina, conhecido pelo trabalho emocional e épico na trilha sonora de Code Vein e de jogos como Tales of Zestiria e Legendia. A música continua sendo elemento crucial para gerar impacto nas batalhas e cutscenes, com cordas dramáticas e vocais intensos dando tom às cenas demonstradas.

Além disso, a apresentação técnica demonstra evolução: texturas mais refinadas, iluminação aprimorada e movimentação mais natural dos personagens. Ainda que não se tenha certeza sobre a performance final, os indícios são animadores.

Considerações finais

Code Vein 2 se estabelece como aquilo que muitos fãs chamariam de um “soft reboot”. Ele mantém as ideias centrais do original — combates rápidos, estética anime gótica, construção de personagem em profundidade — mas abre espaço para inovação com novas mecânicas narrativas e mundo mais conectado.

A ausência de multiplayer pode desapontar alguns, mas a ênfase em companheiros bem construídos e um combate mais dinâmico tende a compensar a mudança. Fica agora a expectativa de ver como a viagem no tempo realmente se manifesta durante o gameplay completo. Enquanto isso, entre chapéus absurdos e espadas flamejantes, o jogo já mostra que pretende fazer muito barulho.

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