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As escolhas mais difíceis de The Witcher 3

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Lançado em 2015, The Witcher 3 redefiniu as expectativas para jogos de RPG com suas decisões moralmente complexas e narrativa envolvente. Ao longo de sua jornada, o jogador é confrontado com escolhas que, mesmo parecendo pequenas, carregam enorme peso emocional.

Essas decisões ultrapassam o dilema clássico do bem contra o mal. Em vez disso, costuram nuances humanas em cada ramificação do roteiro, deixando marcas profundas tanto no protagonista Geralt quanto no jogador.

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Amor ou ilusão: O destino de Yennefer em "The Last Wish"

Em uma das passagens mais comoventes do jogo, Geralt deve decidir se continua ou rompe seu vínculo romântico com Yennefer. A missão “The Last Wish” explora a dúvida que paira sobre o relacionamento dos dois, causado por um antigo desejo feito a um djinn. A resposta correta, segundo muitos fãs e baseada na fidelidade aos livros, é dizer “Eu ainda te amo”.

Por mais tentador que seja manter Geralt com Triss, principalmente para quem seguiu esse caminho nos dois jogos anteriores, a conexão entre Geralt e Yennefer representa um dos pilares emocionais da trama, construída com base em anos de história e afetividade compartilhada com Ciri.

No entanto, caso Geralt rejeite Yennefer, o vínculo se desfaz para sempre — e o desenlace mais tocante do romance se perde.

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O dilema macabro de "Possession": Jogar um bebê no forno

Raramente o jogo exige decisões sob pressão, mas em “Possession”, tudo muda em questão de segundos. Quando Cerys entrega um bebê a Geralt e pede que ele seja colocado em um forno, a tensão alcança um pico angustiante. Udalryk, o pai da criança, chega no momento e se desespera diante da cena.

Apesar do absurdo, colocar o bebê no forno é, ironicamente, a decisão correta. Trata-se de um truque para enganar o espírito que assombra o jarl. Nenhum dano real é causado à criança — ela é secretamente substituída antes do ato. Embora pareça uma atrocidade, essa ação revela inteligência estratégica e fortalece a relação de confiança com Cerys.

Caso contrário, combater o espírito diretamente causa mais desgaste e rompe a aliança com uma figura-chave nas Ilhas Skellige.

Ecos da tragédia em "Return to Crookback Bog"

A missão envolvendo o Barão Sangrento é umas das mais marcantes do RPG moderno. Em "Return to Crookback Bog", o destino da esposa do barão, Anna, depende inteiramente das ações anteriores do jogador. Matar o espírito de “Whispering Hillock” é a melhor decisão, embora envolva sacrificar as crianças protegidas por ele.

Essa escolha mantém Anna viva, ainda que mentalmente perturbada, oferecendo ao barão uma fração de redenção ao final. Nas demais alternativas, Anna morre ou se transforma em um monstro, e o barão tira a própria vida, contribuindo para um desfecho ainda mais sombrio.

Essas consequências dolorosas demonstram que no mundo de The Witcher, nem sempre é possível salvar todos — e frequentemente, boas intenções levam a fins trágicos.

Tortura e lealdade em "Count Reuven’s Treasure"

Em Novigrad, Triss Merigold se oferece para participar de um plano arriscado em “Count Reuven’s Treasure”, onde é capturada e torturada com o objetivo de enganar Caleb Menge. O jogador pode manter o disfarce e permitir que ela sofra, ou agir rapidamente.

Apesar do plano garantir informações valiosas, permitir que Triss seja torturada é ético e emocionalmente questionável. O melhor caminho é libertá-la imediatamente e lutar contra os torturadores. Além de preservar a integridade do relacionamento com Triss, essa atitude representa a verdadeira natureza de Geralt como um homem que não tolera crueldades gratuitas.

Ignorar o sofrimento dela pode acabar com o brilho da relação construída ao longo da campanha.

O peso da morte em "Scenes From a Marriage"

Na expansão Hearts of Stone, Geralt encontra Iris von Everec presa em uma dimensão de memórias melancólicas. Para completar a missão, precisa levar a rosa que sustenta sua existência naquele purgatório — e essa é a escolha correta, ainda que dolorosa.

Tomar a rosa significa pôr fim à tortura espiritual da personagem, oferecendo-lhe o descanso definitivo. Por mais angustiante que pareça tirar o último resquício da existência de Iris, mantê-la cativa em um looping de sofrimento eterno é uma decisão insensível.

Alternativamente, deixar a rosa e usar uma pintura evita o dano direto, mas mantém Iris presa em sua memória, vivendo um eco contínuo de arrependimento e tristeza.

Cuidados estéticos: Barba ou não barba?

Por fim, um dilema que mistura estética e simbolismo: manter ou raspar a icônica barba de Geralt. A barba não é apenas um acessório visual; ela reflete o amadurecimento do personagem. Mantê-la reforça o tom mais sóbrio e paternal que permeia o jogo, especialmente na relação com Ciri.

Embora o jogador possa preferir o antigo visual dos jogos anteriores, a evolução do personagem pede uma aparência condizente com sua nova fase. Optar pela barba é a escolha mais coerente com a jornada emocional de Geralt e o homem que ele se tornou.

As escolhas em The Witcher 3 fazem mais do que moldar o enredo — elas influenciam a percepção do jogador sobre justiça, responsabilidade e empatia. Cada decisão carrega camadas complexas de moralidade, que permanecem muito tempo depois de os créditos rolarem.

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