Os melhores jogos acessíveis de 2025

Ao longo de 2025, a acessibilidade nos jogos eletrônicos evoluiu de maneira consistente, consolidando-se cada vez mais como um pilar dentro da indústria. Desenvolvedoras de todos os portes realizaram avanços significativos em seus títulos, demostrando um compromisso cada vez maior com jogadores com deficiência.

Embora o ano não tenha trazido nenhuma revolução impactante no setor, houve uma série de práticas refinadas que contribuíram para ampliar o acesso, reforçando uma tendência de inclusão que se mostra cada vez mais sólida e diversificada.

Doom: The Dark Ages – Combate ajustável para todos os tipos de jogador

A nova entrada da saga Doom surpreendeu não somente pelo enredo ambientado em uma era medieval fictícia, mas também pela gama de recursos de acessibilidade integrados diretamente ao núcleo do jogo. Ao manter a essência veloz e caótica da franquia, Doom: The Dark Ages amplia sua base de usuários ao permitir ajustes detalhados no ritmo e intensidade do gameplay.

Jogadores podem modificar aspectos importantes como:

  • Velocidade do jogo e dos projéteis inimigos
  • Níveis de agressividade dos oponentes
  • Dano recebido e causado
  • Janelas de tempo para parry (contra-ataques)

Esses parâmetros não apenas facilitam para usuários com limitações motoras e sensoriais, mas demonstram uma sensibilidade rara a diferentes perfis de jogador. Em vez de penalizar ou restringir conquistas com esse tipo de modificação, a id Software entrega liberdade sem compromisso, permitindo uma experiência plena e personalizada.

Além disso, os controles totalmente reconfiguráveis e três modos de legenda com opções de tamanho e contraste permitem que o título seja jogado por usuários com diferentes graus de deficiência visual e auditiva, fortalecendo seu lugar como destaque em acessibilidade.

Visibilidade inteligente para sua marca

Entre em contato e anuncie aqui!

EA Sports FC 26 – Avanços técnicos nos jogos competitivos

O universo dos esportes eletrônicos competitivos ainda enfrenta desafios na integração de jogadores com deficiência. Entretanto, EA Sports FC 26 quebra várias barreiras com soluções robustas e intuitivas que o colocam entre os títulos mais acessíveis do ano.

Entre os recursos mais relevantes desse lançamento estão:

  • Controles simplificados, incluindo comandos por um ou dois botões (exceto no modo competitivo)
  • Assistências configuráveis para chute, passe, drible, defesa e troca de jogadores
  • Ajustes de sensibilidade e intensidade nas ações para compensar cansaço ou limitações

Um dos destaques mais celebrados é o modo de alto contraste. Esse recurso permite alterar a coloração do time da casa, adversário, árbitros e até da bola, aumentando drasticamente a percepção para jogadores com deficiência visual. A introdução desse sistema em um cenário online competitivo é um marco para a indústria.

Tais ferramentas não apenas tornam o jogo mais navegável, mas também impulsionam o debate sobre inclusão em partidas ranqueadas, tradicionalmente associadas à performance pura.

and Roger – Uma experiência sensorial da deficiência

Na contramão dos jogos que apostam em recursos facilitadores, o curto visual novel and Roger mergulha o jogador em uma experiência marcante ao representar, sem filtros, os desafios de uma personagem com demência. Produzido pelo estúdio indie TearyHand, o jogo exige do usuário a execução repetitiva e precisa de comandos rápidos (QTEs) para simular tarefas triviais do cotidiano — como escovar os dentes ou preparar uma sopa.

A ausência proposital de qualquer sistema de acessibilidade foi uma escolha artística consciente, e não uma falha de design. Isso porque os momentos de exaustão, frustração e falha ao realizar simples ações reforçam a empatia com a protagonista Sofia, que lida com o avanço progressivo de sua condição.

Embora a decisão de omitir opções acessíveis seja controversa, a execução é potente. Ao vincular diretamente o desconforto físico ou sensorial do jogador com a narrativa da personagem, and Roger entrega uma das experiências mais fiéis ao vivenciar a deficiência de forma indireta. Desta maneira, o jogo tem sido celebrado não pelas ferramentas que oferece, mas pelo valor emocional e de conscientização que transmite.

Outras menções significativas em 2025

Além dos destaques principais, diversos jogos em 2025 demonstraram atenção significativa com a experiência de pessoas com deficiência, incluindo:

  • Assassin’s Creed Shadows: adicionou a possibilidade de pular QTEs e automatizar exploração.
  • South of Midnight: impressiona com opções visuais de alto contraste, dublagem descritiva e menus com áudio.
  • Split Fiction: oferece controles altamente adaptáveis e navegação intuitiva guiada por som.
  • Kirby Air Riders: percorre nova direção ao adaptar-se para crianças neurodivergentes com modos assistidos e feedback auditivo vibracional.

Esses títulos reforçam como tanto grandes quanto pequenos estúdios estão incorporando, cada vez mais, ferramentas de inclusão desde a concepção dos jogos, e não como adições de última hora.

Compromisso contínuo com a acessibilidade nos jogos

O ano de 2025 consolidou não uma revolução imediata, mas um amadurecimento nítido na abordagem da acessibilidade. Em vez de apostar em soluções milagrosas pontuais, os desenvolvedores se concentraram em normalizar práticas inclusivas com diferentes graus de impacto.

Jogos como Doom: The Dark Ages, EA Sports FC 26 e and Roger demonstram não apenas uma preocupação técnica com acessibilidade, mas também sua capacidade de transformar experiências e gerar empatia. Com isso, 2025 se torna um marco relevante justamente por sua consistência — um passo firme e contínuo rumo a um ecossistema mais acolhedor para todos os jogadores.

Leia também:

Publicações relacionadas

Os 10 melhores jogos licenciados baseados em filmes

Como foram criados os personagens de Absolum

Os 11 melhores jogos de O senhor dos anéis