Nintendo Switch 2 Welcome Tour: vale os $10?

Poucos dias antes do lançamento oficial do Nintendo Switch 2, o game Nintendo Switch 2 Welcome Tour já se tornou tema de grande debate. Tudo por conta de seu preço: US$ 10 por um software que, essencialmente, apresenta o novo console ao usuário.

Mesmo com essa controvérsia, a proposta é intrigante ― trata-se de um título voltado a mostrar as novidades do Switch 2 de forma interativa e acessível. A seguir, analisamos se o valor investido é realmente justificado.

O que é o Nintendo Switch 2 Welcome Tour?

A Nintendo optou por lançar um software educacional — ou edutainment — que serve ao mesmo tempo como tutorial e vitrine tecnológica do Switch 2. Ele não é um jogo convencional, mas sim uma experiência interativa que apresenta funcionalidades, inovações e curiosidades do novo aparelho.

O jogador é conduzido por uma jornada virtual através do próprio console e seus componentes, como o Joy-Con 2, a touchscreen e os alto-falantes frontais. A missão é simples: coletar selos escondidos, participar de minigames e acumular conquistas ao longo do trajeto.

Essa proposta é semelhante ao que a Nintendo já fez no passado com títulos como Wii Sports ou Nintendo Land, embora esses tenham sido gratuitos ou inclusos na compra do console.

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Mecânicas e recursos apresentados

Durante a demo de 45 minutos oferecida à imprensa, foi possível acessar diversas seções temáticas do console por meio de miniaturas de avatar. Embora visivelmente faltasse carisma em alguns momentos — como a ausência dos populares Pikmin —, a jornada se mostrou funcional para fins de demonstração.

Entre os recursos explorados estão:

  • Minijogos baseados em hardware: como um teste com controle de mouse, que desafia o jogador a controlar um OVNI em meio a obstáculos.
  • Demonstrações técnicas: visualização de World 1-1 de Super Mario Bros. esticado em 4K nas proporções modernas, além de pequenas experiências que destacam tecnologias como HDR, taxa de 120 fps e o novo HD Rumble.
  • Sistema de conquistas: estrelas são acumuladas conforme o desempenho nas atividades, desbloqueando novos níveis de desafio e incentivando o fator replay.

Além disso, o jogo apresenta quizzes com informações internas do Switch 2, revelando decisões de design como o uso do suporte em forma de U ou detalhes sobre a evolução sonora em relação ao modelo OLED.

O charme da Nintendo está presente

Mesmo sem a grandiosidade de um título tradicional da companhia, Welcome Tour carrega o típico charme Nintendo: cores vibrantes, interfaces acessíveis, ambientações lúdicas e aquele ar amigável que torna o conteúdo atraente mesmo para usuários não tão técnicos.

Há também um forte apelo para completistas. A proposta não se encerra em mostrar funções básicas ― ela convida o jogador a explorar cada detalhe do console. Dos slots de cartucho aos sensores térmicos no sistema de ventilação, tudo pode conter um minigame ou informação interativa escondida.

A discussão sobre o valor de US$ 10

É aqui que está o grande ponto de discórdia. Para muitos jogadores, o software deveria vir incluso no Switch 2, visto que serve mais como um guia interativo do que como um produto independente. O comparativo com pack-ins clássicos pesa contra a decisão da companhia de cobrar.

Ainda assim, para fãs dedicados à marca, o conteúdo pode oferecer valor real. A chance de explorar a fundo o console, descobrir orientações técnicas e participar de desafios escondidos é bem-vinda — especialmente para quem aprecia colecionáveis e bastidores de design.

Por outro lado, usuários casuais encontrarão pouco aqui além de curiosidades. O preço pode parecer injustificado se a intenção for encontrar gameplay tradicional, narrativa ou profundidade.

Afinal, vale os US$ 10?

Depende. Se você é um entusiasta da marca Nintendo — do tipo que acompanha balanços trimestrais, devora entrevistas do “Ask the Developer” e aprecia documentação técnica —, então sim, o investimento pode ser válido.

Contudo, se sua expectativa é se divertir com algo no estilo de um novo jogo ou imagina que Welcome Tour ofereça conteúdo equivalente aos grandes lançamentos, esse não é o caso. A função aqui é puramente demonstrativa, ainda que bem executada.

A má recepção da decisão de cobrar separadamente pelo software é compreensível. Seria um gesto mais amigável oferecê-lo junto ao console, já que colabora para a familiarização com as tecnologias embarcadas. Ainda assim, é inegável que há dedicação por parte da Nintendo ao apresentar informações com riqueza de detalhe e interação.

Considerações finais

O Nintendo Switch 2 Welcome Tour não é um jogo tradicional, nem pretende ser. Trata-se de um guia interativo, repleto de charme e sutilezas, mas com apelo bastante limitado.

Para o público-alvo certo, pode fornecer momentos divertidos e até ensinar algo novo sobre o hardware. No entanto, a barreira do preço inibe seu alcance e gera uma sensação de oportunidade perdida — um bônus divertido que, por decisão de negócio, tornou-se uma compra opcional.

Quem estiver indeciso, o ideal é aguardar a análise completa pós-lançamento. Ainda que não seja indispensável, Welcome Tour introdutoriamente cumpre seu papel com dignidade.

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