Fãs da Nintendo estão discutindo fervorosamente uma nova funcionalidade controversa em Metroid Prime 4: Beyond. Um amiibo da Samus, vendido por US$ 29,99, traz acesso exclusivo a um rádio embutido na moto Vi-O-La da protagonista, gerando críticas sobre o modelo de monetização.
Embora o amiibo também ofereça outros benefícios, como escudo de energia temporário, a adição do rádio — que permite ouvir músicas do próprio jogo — reacendeu debates sobre conteúdo bloqueado atrás de acessórios físicos.
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O que o amiibo oferece em Metroid Prime 4: Beyond
O amiibo de Metroid Prime 4: Beyond, parte da série comemorativa da franquia, destrava recursos em múltiplas frentes. Entre os desbloqueios estão:
- Escudo de energia: bloqueia 99 pontos de dano, limitado a uma vez por dia.
- Rádio da motocicleta Vi-O-La: ativa uma jukebox com faixas do próprio jogo.
- Contador de distância percorrida: rastreia quanto Samus percorreu no mapa.
- Pinturas alternativas da moto: permite customização visual.
Apesar de esses recursos parecerem cosméticos ou secundários, uma parte da comunidade considera excessivo cobrar por funções que poderiam estar disponíveis para todos os jogadores do jogo base, cujo preço gira entre US$ 70 e US$ 80.
A polêmica do rádio: exclusividade ou incentivo inútil?
O ponto mais crítico gira em torno do rádio instalado na Vi-O-La. Ele permite que a protagonista ouça trilhas sonoras adicionais enquanto atravessa regiões como Sol Valley, uma área desértica com música ambiente mínima.
Segundo os desenvolvedores, a intenção foi dar um ar desolado ao cenário, realçando a ambientação. No entanto, fãs como @AndreSegers apontam que o local parece “vazio” sem uma trilha sonora mais marcante, sugerindo que o rádio poderia melhorar significativamente a experiência.
Reações da comunidade: críticas divididas
As discussões nas redes sociais e fóruns como Reddit mostram uma divisão clara entre os fãs. Alguns comentários refletem frustração:
- “Poderiam ter incluído essa jukebox desde o início… Já pagamos caro pelo jogo”, desabafou knightedwolf851.
- “US$ 30 para remover a ambientação pensada pelos designers? Beleza então”, ironizou The_Pepper_Oni.
Por outro lado, há quem relativize a exclusividade dos itens:
- “Se não afeta gameplay ou narrativa, estou tranquilo”, argumentou Kerrpllady, traçando um paralelo com outros amiibos, como o da Skyward Sword, que interferem diretamente em elementos da jogabilidade.
Amiibos e a prática recorrente da Nintendo
Não é a primeira vez que figuras amiibo desbloqueiam funcionalidades exclusivas em títulos da Nintendo. Casos anteriores incluem:
- The Legend of Zelda: Skyward Sword HD: o amiibo de Zelda permite teletransporte instantâneo, algo que muitos consideraram essencial demais para ser restrito.
- Metroid Dread: liberava tanques de energia e mísseis extras.
- Zelda: Breath of the Wild: trazia armas raras e montarias especiais.
A crítica recorrente é sobre a dependência de acessórios físicos — nem sempre fáceis de encontrar — para ter acesso a conteúdos adicionais.
A proposta artística por trás de Sol Valley
Sol Valley foi projetada como uma região árida e silenciosa, com atmosfera etérea reforçada por trilhas sonoras esparsas. Essa decisão criativa parece ter sido prejudicada pela decisão de vincular o rádio ao amiibo. Para alguns jogadores, a possibilidade de ativar músicas diferentes compromete o impacto narrativo e sensorial do local.
Por outro lado, há quem prefira ter o controle sobre a experiência — sobretudo em sessões prolongadas, onde o silêncio repetido torna-se cansativo.
Considerações finais
A controvérsia em torno do rádio da motocicleta em Metroid Prime 4: Beyond mostra como pequenas decisões de design e distribuição podem gerar grande repercussão. O uso de amiibos para desbloquear recursos continua dividindo opiniões, especialmente quando tais funções tocam diretamente na experiência do jogador.
Apesar das críticas, o título foi bem recebido. Avaliado com nota 8/10 pela Game Lab HQ, Metroid Prime 4: Beyond é descrito como uma retomada sólida, mesmo com alguns desequilíbrios. Ainda assim, a decisão de bloquear um extra tão simples quanto uma jukebox atrás de um acessório de US$ 30 reforça o eterno debate: onde termina o conteúdo base e começa o paywall disfarçado de colecionável?
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