A invasão dos roguelikes ao mundo dos games não mostra sinais de desaceleração. Agora, é Age of Empires 4 que se rende a esse formato tão popular e transforma sua fórmula com a chegada da expansão Dynasties of the East.Com a introdução do modo The Crucible, o clássico RTS recebe uma dose de progressão procedural, escolhas com base em sorte e estratégias dinâmicas que têm conquistado ainda mais os fãs.
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The Crucible: o roguelike dentro de um RTS
Inspirado por jogos como Vampire Survivors, The Crucible oferece uma experiência completamente nova dentro do universo de Age of Empires 4. Nesse modo, os jogadores assumem o controle de uma civilização e têm como objetivo proteger sua Maravilha contra hordas de inimigos cada vez mais poderosos.Durante a partida, há escolhas periódicas de aprimoramentos entre três opções, o que adiciona uma camada de imprevisibilidade estratégica a cada sessão. Além disso, entre rodadas, é possível desbloquear bônus permanentes, ampliando o fator de rejogabilidade.O modo também introduz objetivos aleatórios e ocultos nos mapas, encorajando a exploração com pequenas patrulhas em troca de recompensas extras.https://www.youtube.com/watch?v=IVFcw5TCvuM
Recepção positiva e pedidos por melhorias
A chegada da novidade foi bem recebida pela comunidade. Os comentários em plataformas como a Steam destacam a surpresa positiva com a nova proposta. Jogadores afirmam que o modo pode ser “a nova forma favorita de jogar” Age of Empires 4 e alguns reforçam o desejo de vê-lo expandido, pedindo inclusive a adição de um modo cooperativo online.Enquanto boa parte dos elogios gira em torno da inovação e da diversão do Crucible, há quem argumente que o conteúdo ainda é limitado e merecia maior profundidade. Isso indica uma base sólida que pode — e deve — ser ampliada nos próximos updates.
Novos mapas, terrenos e facções variantes
Além do Crucible, o DLC Dynasties of the East inclui quatro facções alternativas, trazendo variações com jogabilidades distintas para os já conhecidos Mongóis, Bizantinos, Japoneses e Delhi Sultanate. Embora sejam tecnicamente “variantes”, vêm sendo valorizadas pelo seu potencial estratégico e mecânicas únicas.Mesmo assim, parte da comunidade demonstra insatisfação por esperar civilizações inéditas. A crítica mais recorrente aponta a ausência de uma campanha dedicada, algo presente na expansão anterior The Sultans Ascend.Dynasties of the East, no entanto, introduz oito novos mapas multiplayer e seis biomas inéditos, elementos que expandem a diversidade visual e estratégica do jogo.
O domínio dos roguelikes continua
O sucesso do Crucible em Age of Empires 4 reflete uma tendência mais ampla no mercado. Atualmente, diversas franquias têm incorporado elementos roguelike e roguelite em gêneros antes considerados distantes desse estilo.Alguns exemplos curiosos incluem:
- Balatro, que transforma o pôquer em uma aventura roguelike;
- Abyssus, um FPS com progressão procedural;
- Against the Storm, um city-builder com estrutura de run progressivo.
Nesse contexto, a entrada de Age of Empires no universo dos roguelikes é menos um choque e mais uma adaptação natural aos tempos atuais da indústria.
Um futuro promissor para o RTS
Apesar do histórico de altos e baixos no suporte ao jogo, os últimos anos têm sido generosos para os fãs de Age of Empires. O lançamento do Age of Empires 4 trouxe novo fôlego à série e, com expansões como Dynasties of the East, há sinais claros de que a desenvolvedora busca manter sua base engajada.Enquanto Age of Empires 2: Definitive Edition continua recebendo novidades — como o DLC baseado no período dos Três Reinos da China —, o quarto título da franquia se adapta aos gostos modernos sem perder sua identidade.Seja para um fã nostálgico ou um novo jogador atraído pelo caos estratégico do Crucible, a evolução da série mostra que há espaço para tradição e inovação. E no caso de Age of Empires 4, essa combinação vem se mostrando cada vez mais eficaz.