A chegada do Rainbow Six Siege X marca uma virada de chave no cenário competitivo do jogo, consolidando uma nova fase após 10 anos de trajetória. Com atualizações incisivas de jogabilidade, som e modos inéditos, o game da Ubisoft busca renovar o interesse de jogadores veteranos e atrair uma nova geração.
Durante o R6 Reload, evento que simbolizou essa transição, o vice-presidente de Esports da Ubisoft, François Xavier, falou sobre como a empresa está redesenhando o ecossistema competitivo mundial em torno dessa evolução.
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Nova estrutura com o Rainbow Six Siege X
O Rainbow Six Siege X apresenta um pacote de mudanças robustas com impacto direto em competições. Entre as novidades, está o modo Dual Front (6v6), em que ambos os lados atacam e defendem, além de reformulações nos sistemas de som e de banimento de operadores — elementos que aumentam a complexidade e profundidade tática das partidas.
Essa renovação estrutural foi pensada para equilibrar dois objetivos centrais: manter os fundamentos que sustentaram o sucesso competitivo da franquia por uma década e, ao mesmo tempo, tornar o jogo mais acessível e dinâmico para novos jogadores. Para Xavier, a combinação desses fatores é a chave para que o Siege se mantenha relevante por mais 10 anos.
R6 Reload: marco inaugural de uma nova era
Disputado no Rio de Janeiro, o R6 Reload foi o primeiro evento internacional do Siege X, simbolizando a transição entre gerações dentro do cenário competitivo. Com presença das melhores equipes do mundo e vitória da brasileira FURIA, a competição adotou um novo formato, completamente baseado nas diretrizes atualizadas do game.
Segundo François Xavier, o evento foi essencial para testar o novo modelo competitivo da Ubisoft. A expectativa é que o próximo calendário já incorpore os aprendizados do Reload, preparando o terreno para um ecossistema otimizado tanto em termos técnicos quanto de engajamento com o público.
Papel das organizações e expansão do R6 Share
Outro ponto relevante na nova fase do Rainbow Six é o fortalecimento do R6 Share, programa de parcerias que, na fase atual, conta com 20 organizações oficiais. Contudo, Xavier destaca que o ecossistema competitivo não será exclusivo destas equipes. Iniciativas como a Challenger Series e o programa de afiliados continuam oferecendo acesso ao cenário profissional.
O exemplo de equipes como a Razzah Company (hoje LOUD), que ascenderam fora do círculo principal, é visto como uma prova da importância de manter vias abertas para que novos talentos possam competir em alto nível. A Ubisoft reforça o compromisso com a diversidade dentro do competitivo, mesmo ao profissionalizar estruturas por meio do R6 Share.
Globalização dos torneios e presença brasileira
A realização de eventos internacionais em diferentes regiões é outro pilar da nova era do Rainbow Six. A volta do Brasil ao calendário com o Six Invitational 2023 em São Paulo e, agora, com o R6 Reload no Rio, sinaliza o prestígio do país no cenário. Com conquistas recentes — três dos cinco últimos Invitationals e diversos Majors — os times brasileiros são hoje protagonistas globais.
De acordo com François Xavier, o Brasil é um dos locais preferidos para sediar torneios, tanto pela performance esportiva quanto pela paixão da torcida. A Ubisoft promete manter o país no radar dos grandes eventos, embora busque equilibrar essa presença com outras regiões igualmente relevantes no cenário competitivo.
Six Invitational 2026: retorno às raízes
Um dos anúncios mais aguardados, a próxima edição do Six Invitational será realizada em Paris. Para a Ubisoft, essa decisão tem forte carga simbólica por se tratar do retorno à França, sede da desenvolvedora, e também por representar uma oportunidade de reconexão com a comunidade local, que não recebe um evento de grande porte desde o Major de 2018.
Xavier não entrou em detalhes sobre novas mudanças no sistema de classificação para o Invitational 2026, mas adiantou que “muitas surpresas estão sendo preparadas”. O planejamento busca consolidar o novo momento do jogo, aliando inovação com o respeito à sua base e comunidade mais fiel.
Expansão gradual e integração local
Além dos grandes torneios oficiais, a Ubisoft segue apoiando iniciativas independentes promovidas pela comunidade — sejam elas amadoras ou semiprofissionais. A proposta é criar um ecossistema competitivo multifacetado, que respeite as especificidades de cada mercado local.
Eventos realizados nos Estados Unidos e Europa, como a DreamHack, são exemplo dessa estratégia, que pretende estreitar laços nos cinco continentes. Para isso, a Ubisoft propõe um equilíbrio entre sua estrutura global — representada pelo circuito Blast Rainbow Six — e parcerias com terceiros para manter a relevância local.
Com a chegada do Siege X, a Ubisoft renova o compromisso com um cenário competitivo dinâmico, democrático e em constante expansão. A nova era do Rainbow Six promete ir além da reformulação técnica, apostando em engajamento comunitário, eventos globais e acessibilidade estrutural como pilares da próxima década.
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