Rematch alcança 3 milhões de jogadores em tempo recorde

O estúdio Sloclap, conhecido por seus títulos voltados para combates corpo a corpo, se consolidou também no mundo dos esportes digitais com o lançamento de Rematch. Após alcançar um milhão de jogadores no primeiro dia, o game superou rapidamente a marca de três milhões.

Apesar de se apresentar como um jogo de futebol, Rematch traduz a experiência das lutas para os gramados virtuais, o que explica sua surpreendente recepção entre fãs de jogos de luta.

Rematch conquista seu espaço no cenário competitivo

O estúdio francês Sloclap construiu sua reputação com Absolver e Sifu, títulos que colocam ênfase em combate, reflexos e tempo de reação. Agora, com Rematch, a expertise em mecânicas de luta evolui para um campo inesperado: o futebol. A proposta é simples, mas audaciosa: misturar fundamentos de jogos de luta com partidas esportivas dinâmicas.

O jogo ultrapassou três milhões de jogadores desde seu lançamento completo, de acordo com dados do perfil oficial do X (antigo Twitter). O entusiasmo não mostra sinais de desaceleração: somente no Steam, o pico de 24h registra cerca de 78.500 jogadores simultâneos. A base instalada, ao que tudo indica, está crescendo de forma orgânica, sem grandes campanhas promocionais.

Além disso, os números acumulados desde o lançamento impressionam:

• 11,8 milhõesde partidas disputadas
• 55,6 milhõesde gols marcados
• 33,5 milhõesde assistências
• 69,1 milhõesde defesas

Com resultados sólidos e uma comunidade ativa, Rematch transformou-se rapidamente em um fenômeno.

Combinações inusitadas que funcionam

Embora a ligação entre esportes e lutas possa parecer improvável à primeira vista, Sloclap encontrou pontos de convergência inesperados. No lugar de times com formações fixas e jogadas ensaiadas, o foco de Rematch está na leitura de jogo, na movimentação e nas reações rápidas – características muito comuns nos jogos de luta.

Jogadores veteranos de títulos como Guilty Gear: Strive ou mesmo Sifu reconhecerão imediatamente os chamados fundamentos:

• Footsies(controle de espaço com movimentação)
• Mixups(variação imprevisível de jogadas)
• Timing de passes e interceptações

Essa abordagem estratégica, combinada a uma dinâmica mais enxuta (com equipes pequenas), torna cada confronto mais tático e menos dependente de simulação esportiva tradicional.

A comunidade reage e molda o jogo

Desde o beta, Rematch atrai diversos perfis de jogadores. Mesmo aqueles que declaradamente “não gostam de esportes” relatam interesse contínuo. Isso se dá porque o game recompensa habilidades transferíveis de outros gêneros, como reflexos, coordenação, leitura de oponente e cooperação em tempo real.

Ao mesmo tempo, a ausência de certos recursos, como crossplayentre plataformas e problemas de netcode, ainda são pontos levantados pela comunidade. No entanto, a desenvolvedora parece comprometida em aprimorar essas questões nas próximas atualizações.

Potencial além do entretenimento casual

Com sua fórmula híbrida, Rematch se destaca também como potencial título de eSports. O domínio de habilidades individuais, somado à necessidade de colaboração entre poucos jogadores, gera um espetáculo visual competente e competitivo.

Ao invés de simplificar os confrontos, Sloclap optou por manter uma curva de aprendizado acessível com uma profundidade estratégica relevante. Isso inclui ainda:

• Modo de treino para dominar mecânicas específicas
• Recompensas por desempenho e colaboração
• Estética clean que prioriza clareza visual nas partidas

Mesmo no começo de sua jornada, Rematch demonstra que há espaço para inovação entre gêneros. A mistura de pancadaria com futebol está muito longe de ser apenas uma curiosidade passageira.

À medida que o número de partidas cresce e atualizações são prometidas, o jogo parece se firmar como mais do que um experimento: trata-se de um novo subgênero com base fiel, jogabilidade sólida e identidade própria.