O mais novo lançamento da Marvel Studios, Thunderbolts*, surpreendeu o público ao quebrar um recorde que permanecia inabalado desde 2017. O longa, que aposta em tons mais sombrios e narrativas menos convencionais, traz inovações que repercutem no universo cinematográfico da Marvel.
Uma das maiores curiosidades em torno do filme está em sua cena pós-créditos, que não só retoma a tradição do MCU, como também estabelece um feito inédito ao ultrapassar a marca histórica dos Guardiões da Galáxia Vol.2.
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Cena pós-créditos mais longa do MCU
Desde que o diretor James Gunn elevou o padrão das cenas pós-créditos com Guardiões da Galáxia Vol.2, nenhum outro longa do MCU havia superado esse volume ou duração. O filme de 2017 entregou cinco cenas ao fim da projeção, totalizando aproximadamente quatro minutos. Agora, Thunderbolts* leva esse legado adiante de maneira inédita.
A produção estrelada por Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour, entre outros nomes de peso, apresenta uma única cena pós-créditos com duração recorde, superando as cinco cenas combinadas dos Guardiões. São mais de cinco minutos dedicados a essa sequência adicional, algo sem precedentes no universo da Marvel nos cinemas.
Diferentemente da maioria das produções do estúdio, em que essas cenas duram entre 60 e 90 segundos, Thunderbolts* adota uma abordagem mais ambiciosa, evidenciando a transição do MCU para enredos mais densos. Com isso, não apenas entretém, como estabelece diretrizes para o futuro dos filmes da franquia.
Importante destacar: essa análise contempla apenas os filmes do MCU, sem incluir as séries do Disney+. Embora o episódio final de Gavião Arqueiro tenha trazido uma performance musical completa da canção “Save the City”, a cena foi veiculada na televisão e não nas telonas.
Um novo tom dentro do MCU
O filme consagra a proposta de uma abordagem mais honesta e sombria na Marvel Studios, aproximando-se tematicamente de realidades menos heroicas e mais humanas. Thunderbolts* escapa dos clichês de redenção imediata ou equipes unidas por ideais nobres. Aqui, o grupo titular reúne figuras complexas, cada uma carregando seus próprios traumas e conflitos.
Esse foco em personagens emocionalmente danificados é um ponto alto da trama, o que se reflete inclusive no desenvolvimento da cena pós-créditos. Os instantes finais, apesar de longos, não soam excessivos, pois aprofundam questões deixadas em aberto ao longo do filme e plantam sementes para o que está por vir no MCU.
A direção ousa ao inserir nessa sequência temas como arrependimentos, alianças veladas e decisões moralmente ambíguas, desvinculando-se de encerramentos puramente ilustrativos. Essa escolha narrativa contribui para reforçar a autenticidade que Thunderbolts* busca imprimir.
O significado do asterisco no título
O uso do asterisco em Thunderbolts* também é parte dessa reinvenção. Embora visualmente sutil, o símbolo carrega peso conceitual. Segundo os criadores, o asterisco atua como uma "nota de rodapé" implícita ao título, sugerindo que essa versão dos Thunderbolts não corresponde à formação tradicional do grupo nos quadrinhos.
Por trás dessa escolha simbólica há uma crítica ou reflexão interna sobre a própria identidade dos personagens, projetando a ideia de que ninguém do time é exatamente o que aparenta ser — que há sempre algo a mais ou diferente por trás de cada um. Dessa forma, até o título contribui com a atmosfera de quebra de padrões que permeia toda a obra.
Além disso, o símbolo serve como indicação de que o longa não se compromete com fórmulas convencionais adotadas anteriormente pela Marvel, desde os times dos Vingadores até mesmo os Guardiões da Galáxia. O time dos Thunderbolts*, portanto, representa um novo paradigma dentro da franquia.
Bucky Barnes e o recorde inusitado
Entre os destaques individuais, Bucky Barnes, interpretado por Sebastian Stan, consolida-se como um dos poucos personagens que permanecem ativos e em evolução desde os primeiros anos do MCU. Ele agora compartilha um recorde curioso com outro personagem ainda não revelado — sendo os únicos a integrarem diferentes formações de grupos principais do universo Marvel nos cinemas.
Esse feito reforça a adaptabilidade de Bucky frente às distintas fases do estúdio. Desde sua origem como aliado do Capitão América, passando por momentos de vilania, até recentementes como membro dos Thunderbolts*, seu arco narrativo testemunha a profundidade dos personagens criados ao longo da saga.
Além disso, a permanência de Bucky nesses novos contextos gera consistência ao universo compartilhado da Marvel e reforça a importância de interligar antigas e novas narrativas. A escolha de mantê-lo como figura de transição é um acerto estratégico para manter o legado vivo, enquanto se constrói algo inédito.
O impacto de Thunderbolts* no futuro da Marvel
A quebra do recorde de Guardiões da Galáxia Vol.2 simboliza muito mais do que uma curiosidade técnica. Representa uma sinalização da Marvel Studios de que o modelo cinematográfico do MCU está disposto a evoluir. Com o fim da Saga do Infinito e o início de novas tramas focadas em grupos menos tradicionais, Thunderbolts* surge como um ponto de inflexão.
O investimento em uma cena pós-créditos prolongada demonstra a confiança da produtora na envolvência dessa nova fase. A cena, além de longa, é funcional, servindo como ponte narrativa que pode atingir futuros títulos do estúdio.
Dessa forma, Thunderbolts* não apenas supera uma antiga marca como também redefine a forma de encerrar filmes dentro do MCU. O filme aponta para um futuro onde mais profundidade emocional e complexidade moral têm espaço em meio à fantasia característica da Marvel.
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