Apesar de um relançamento em mais de 1.300 salas de cinema nos Estados Unidos, o live-action de Branca de Neve fracassou novamente nas bilheteiras. A estratégia usada pela Disney não despertou interesse do público, nem mesmo no movimentado fim de semana do Dia das Mães.
Com números muito abaixo do esperado, o desempenho financeiro reforça as críticas e o descontentamento com o projeto. A Disney, que já enfrenta questionamentos por suas produções live-action, agora soma mais um insucesso à sua lista recente de apostas de alto custo.
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Resultados decepcionantes mesmo após relançamento
A tentativa da Disney de salvar o desempenho de Branca de Neve com um relançamento não teve o retorno desejado. Em um fim de semana que prometia mais movimento nas salas por causa do Dia das Mães, o filme arrecadou apenas US$ 200 mil. Isso representa uma média de cerca de US$ 50 por sala, número considerado extremamente baixo para os padrões do estúdio.
Desde a estreia em 21 de março, o longa arrecadou US$ 86,5 milhões nos Estados Unidos e cerca de US$ 203 milhões mundialmente. Com um custo de produção estimado entre US$ 240 milhões e US$ 270 milhões, o prejuízo é evidente. A disparidade entre o investimento e os ganhos torna Branca de Neve um dos maiores fracassos comerciais recentes da Disney.
Comparações com outros fracassos
O caso de Branca de Neve é comparável ao de Morbius, da Sony Pictures. Assim como a Disney, a Sony tentou relançar o título após a repercussão negativa transformar o filme em meme nas redes. Ainda assim, o público ignorou o relançamento, e o estúdio teve prejuízo. A estratégia de relançar sem alteração de conteúdo ou apelo real resulta em insistência sem retorno.
Esse tipo de abordagem sugere uma desconexão entre o que os executivos esperam e o que o público procura. Em ambos os casos, além das críticas às qualidades do roteiro e execução, há um desgaste da proposta original que não é sanado apenas com mais exibições.
Impacto nos planos futuros da Disney
Diante do desempenho abaixo do esperado, existe a possibilidade de a Disney rever sua política de remakes live-action. O fracasso de Branca de Neve pode pressionar o estúdio a reavaliar o apelo desses projetos junto ao público moderno.
Nos últimos anos, títulos como O Rei Leão (2019) e Aladdin (2019) até alcançaram bons números de bilheteria, mas outras produções seguiram caminho oposto. Com orçamentos cada vez mais altos e retorno cada vez mais incerto, a estratégia mostra sinais de desgaste. A aposta em nostalgia pode não estar mais surtindo o efeito desejado pela companhia.
Além disso, o uso de tecnologias como dublagem por inteligência artificial, prática aplicada recentemente em donghuas e que gerou forte repercussão negativa, é outro ponto em que o mercado começa a olhar com mais cautela. O público está mais exigente quanto à autenticidade e qualidade das produções.
Estratégias promocionais mal planejadas
A escolha de relançar o filme em meio ao Dia das Mães pressupunha um aumento de público nas salas, algo que claramente não se confirmou. A falta de atrativos ou novidades em relação à versão previamente exibida tornou a exibição redundante para quem já havia assistido pela primeira vez.
Reestreias são comuns no cinema — como mostra o retorno recente de Star Wars: A Vingança dos Sith em celebração de seu 20º aniversário — mas nesses casos há um apelo nostálgico real, sustentado por eventos, marcos históricos ou contextos culturais. Branca de Neve, ao contrário, voltou às telas sem uma proposta adicional de valor.
Reflexos nas marcas associadas
O fracasso não afeta apenas a área de cinema da Disney, mas tem impacto indireto em suas outras frentes. Produtos licenciados, parcerias comerciais e até o catálogo da Disney+ podem sentir reflexos de lançamentos mal-sucedidos nas telonas. Além disso, a reputação de qualidade da empresa entra em xeque quando vários projetos acumulam críticas negativas e baixa performance comercial.
Com marcas de peso sob seu guarda-chuva, como Marvel e Star Wars, a Disney precisa garantir um padrão alto nas estreias para preservar sua liderança no setor de entretenimento global. Casos como o de Branca de Neve funcionam como alerta para o limite da tolerância do público a fórmulas repetidas e produções que não entregam o prometido.
A tentativa de reanimar a bilheteria de Branca de Neve resultou em um fracasso ainda mais evidente, deixando claro que o público atual exige mais do que nostalgia e grandes nomes. Criar experiências cinematográficas relevantes e inovadoras parece ser o único caminho viável para reconquistar o interesse e a confiança.
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