Imaginar a construção da USS Enterprise fora das telas é um exercício fascinante para fãs de ficção científica e entusiastas espaciais. Embora não tenhamos tecnologia suficiente para tornar isso real, especialistas já tentaram estimar financeiramente o que seria necessário.
Entre cálculos baseados em dados da indústria aeroespacial e comparações com equipamentos militares, a conclusão é que construir a nave mais famosa de Star Trek sairia por cifras astronômicas.
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Lançamento de uma nave desse porte no espaço
Calcular o custo de lançar algo com o tamanho e peso da USS Enterprise é desafiador, mas podemos fazer aproximações com base em dados reais. O foguete Pegasus XL, lançado em 2023 com 443 kg, teve custo de cerca de US$ 165 milhões, o que equivale a impressionantes US$ 372.475 por quilo colocado em órbita.
Agora, se compararmos a Enterprise com um porta-aviões como o USS Gerald R. Ford, que pesa cerca de 100 mil toneladas (ou 100.000.000 kg), o custo para lançar toda essa massa ao espaço seria de aproximadamente US$ 37,25 trilhões. Esse valor cobre apenas o transporte das peças, sem contabilizar construção, manutenção ou operação.
Construção efetiva na Terra
Em vez de lançar peça por peça, outra opção seria realizar toda a montagem em solo terrestre. O site SlashFilm sugeriu que o valor total para construir uma Enterprise classe Constitution giraria em torno de US$ 13 bilhões. Isso considera estruturas externas, sistemas eletrônicos e materiais aplicáveis com base na tecnologia atual, ainda que conceptualmente adaptados às ideias futuristas da série.
Esse número, no entanto, está longe de ser definitivo. Ele ignora, por exemplo, os custos de energia para manter um motor de dobra funcional — algo ainda inexistente —, além de sistemas de gravidade artificial e escudos defletores. Portanto, trata-se de uma estimativa apenas para montar um "modelo" físico de grande porte.
Custo de operação anual e missões prolongadas
Além da montagem, a manutenção de uma nave como a Enterprise envolve milhares de profissionais. A tripulação média da nave inclui cerca de 430 pessoas. De acordo com o site Redshirts Always Die, o custo médio para apenas um ano de operação, incluindo salários, suprimentos e manutenção, seria de aproximadamente US$ 13.482.161,91.
Dado que a missão padrão da USS Enterprise dura cinco anos, o investimento total nesse período seria de aproximadamente US$ 65 milhões só para manter a equipe e o funcionamento básico da nave.
Outras tecnologias e limitações
Mesmo com um orçamento bilionário, ainda existem barreiras tecnológicas quase intransponíveis. Um dos maiores exemplos é o motor de dobra, que permitiria viajar mais rápido que a luz — uma das premissas centrais da franquia. Na vida real, essa tecnologia ainda é apenas teórica e baseada em conceitos como o motor de Alcubierre, que exigiria quantidades absurdas de energia negativa ou matéria exótica.
Além disso, sistemas como transportadores, phasers, replicadores e inteligência artificial com níveis próximos ao do tenente comandante Data ainda estão em estágios rudimentares ou puramente teóricos.
Viabilidade e comparação com equipamentos reais
Para efeito de comparação, o custo de desenvolvimento do caça F-35 Lightning II superou os US$ 1,7 trilhão ao longo de décadas, mesmo sendo uma aeronave de porte muito inferior. Um submarino nuclear classe Virginia já passa de US$ 3 bilhões por unidade, enquanto uma estação espacial como a ISS — que é funcional, mas pequena perto da Enterprise — custou mais de US$ 100 bilhões ao longo de sua vida útil.
Portanto, mesmo que valores como US$ 13 bilhões para a construção da nave pareçam possíveis à primeira vista, é evidente que esse número não cobre o escopo real de uma Enterprise completa e funcional, considerando os níveis de automação, propulsão e resistência que ela precisa ter.
Um sonho ainda (muito) distante
Construir uma USS Enterprise nos moldes mostrados em Star Trek ainda está muito além do que a tecnologia atual permite. Além de exigir quantias trilionárias, inúmeros avanços científicos precisariam ocorrer antes que algo semelhante deixasse de ser um conceito inspirado por ficção.
Enquanto isso, fãs continuarão especulando, pesquisando e sonhando com o dia em que uma nave estelar realmente possa zarpar em busca de novas vidas e novas civilizações.
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