Nintendo venceu recentemente mais uma batalha judicial envolvendo pirataria de jogos, desta vez contra Jesse “EveryGameGuru” Keighin. O streamer havia divulgado títulos inéditos em transmissões ilegais e desafiado publicamente a empresa, afirmando controlar as ruas enquanto a gigante “só” controlava uma corporação.Após investigar suas transmissões e ameaças, a Nintendo processou Keighin por distribuir ilegalmente ao menos 10 jogos e ensinar outros a fazer o mesmo. A Justiça dos EUA determinou uma multa e impôs restrições definitivas.
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Detalhes do processo movido pela Nintendo
Em novembro de 2023, a Nintendo entrou com uma ação no Colorado contra Jesse Keighin, que ficou conhecido por streamar títulos inéditos como The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom e Super Mario Party Jamboree, antes mesmo de seus lançamentos. A empresa alegou que o streamer violou direitos autorais ao divulgar os jogos e ensinar terceiros sobre como obter cópias ilegais.Além de transmitir cerca de 50 jogos pirateados desde 2022, Keighin também promovia o uso dos emuladores Yuzu e Ryujinx, incluindo links diretos nas descrições dos vídeos. Isso foi interpretado pela Nintendo como “tráfico de dispositivos ilegais de contorno”, prejudicando seus sistemas de proteção digital.Embora o valor total dos danos estimados pela Nintendo seja de milhões de dólares, a Justiça determinou o pagamento de US$ 17.500 por parte de Keighin. Segundo documentos judiciais, ele não apresentou defesa ou contestação ao processo.
Condenação e restrições judiciais
A juíza responsável decidiu a favor de um mandado restritivo permanente contra Keighin. A medida impede que ele:
- Realize qualquer tipo de streaming de jogos protegidos pela Nintendo;
- Compartilhe ou comercialize emuladores ilegais que burlam as proteções do Nintendo Switch;
- Divulgue chaves criptográficas da empresa;
- Participe na distribuição de softwares que violem os sistemas antifraude da companhia.
No entanto, a Justiça rejeitou algumas solicitações adicionais da Nintendo por considerá-las amplas e mal definidas. A empresa havia requisitado que aparelhos e contas utilizados por “terceiros anônimos” fossem destruídos ou desativados, mas o tribunal se opôs à medida por falta de clareza e por não ter como identificar os envolvidos.
Histórico de provocações públicas
Um dos elementos mais curiosos do caso foi o comportamento do próprio Keighin durante o processo. Antes do julgamento, ele publicou nas redes sociais que tinha “mil canais falsos” e que poderia continuar agindo sem ser pego. A frase que mais repercutiu foi: “Você pode comandar uma corporação, mas eu comando as ruas.” Essa declaração se tornou emblemática da atitude desafiadora do réu perante uma das empresas mais rigorosas no combate à pirataria.Com o avanço do processo e a ausência de defesa, a Justiça decidiu encerrar o caso com um julgamento sumário a favor da Nintendo. A decisão agora é considerada final.
Outros casos envolvendo pirataria
A vitória contra Keighin não é uma exceção. A Nintendo tem adotado uma postura cada vez mais ativa nos tribunais contra o uso e compartilhamento indevido de suas propriedades protegidas. No início do mês, veio à tona um processo de US$ 4,5 milhões contra James “Archbox” Williams, moderador do subreddit Switch Pirates.O usuário foi investigado por infringir restrições do Digital Millennium Copyright Act (DMCA), com alegações de que ele teria promovido e comercializado cópias ilícitas de jogos via fóruns e redes sociais. A empresa utilizou posts no Reddit e ordens de conserto de consoles para rastrear o suspeito no Arizona, criando um precedente sobre o alcance de suas investigações.A Nintendo já demonstrou que continua monitorando ativamente as comunidades, fóruns e plataformas que se associam à pirataria. As ações simbólicas e financeiras visam não só reparar danos, mas também desestimular publicamente esse tipo de prática.
Repercussão e impacto no cenário digital
A decisão traz reflexos diretos tanto para criadores de conteúdo quanto para usuários finais. Plataformas como Twitch e YouTube passam a ter mais atenção com transmissões suspeitas, enquanto comunidades organizadas correm o risco de investigações mais profundas.Além disso, a reação dura da empresa serve como um lembrete sobre a proteção de propriedade intelectual no universo dos jogos. O caso Keighin reforça o entendimento de que compartilhar links, tutoriais ou mesmo armazenar ROMs de forma indevida pode resultar em processos judiciais e sérias implicações financeiras.Com isso, a Nintendo continua consolidando sua estratégia contra pirataria, atuando não apenas com tecnologia, mas com peso jurídico. A tendência, ao que tudo indica, é que mais ações venham à superfície nos próximos meses, à medida que softwares de emulação e vazamentos se tornam comuns no debate público.
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