Após uma batalha judicial que atravessou três gerações de consoles, a Nintendo finalmente conquistou uma vitória definitiva. A ação, iniciada em 2010, dizia respeito à violação de patentes relacionadas ao icônico Wii Remote. O caso se arrastou por 15 anos, mas resultou em uma condenação de 7 milhões de euros (aproximadamente 8,2 milhões de dólares) contra a empresa francesa Nacon, anteriormente conhecida como Bigben Interactive.
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Entenda a disputa envolvendo o Wii Remote
A controvérsia teve início quando a Nintendo acusou a Bigben de comercializar controles para Wii que violavam as patentes originais registradas para o Wii Remote. A alegação principal era de que a venda desses controles não licenciados prejudicava financeiramente a gigante japonesa, desviando potenciais compradores do controle oficial. Mesmo com uma decisão favorável inicial para a Nintendo em 2011, a definição sobre os valores de indenização foi adiada repetidamente por manobras legais da defesa. Durante todo esse período, a Nacon continuou recorrendo, culminando em um desfecho que só ocorreu uma década e meia depois — e que ainda está sob novo recurso.
Decisão judicial e valores indenizatórios
A sentença final fixou um pagamento de 7 milhões de euros, com metade referente às perdas financeiras projetadas e a outra metade composta por juros acumulados ao longo do processo. Segundo o veredito, o argumento da Nintendo — de que os consumidores teriam optado pelo Wii Remote oficial em vez da versão não licenciada — foi juridicamente válido. A Nacon tentou desqualificar essa linha de defesa, argumentando que existiam outras opções de terceiros no mercado e que a Nintendo não poderia garantir que teria absorvido toda a demanda. Contudo, a decisão judicial acatou a robustez das patentes da empresa japonesa, afirmando que praticamente qualquer outro controle semelhante também infringiria seus registros.
Estratégia jurídica da Nintendo
Essa vitória reforça o histórico da Nintendo como uma empresa vigilante e agressiva na proteção da sua propriedade intelectual. Ao longo dos anos, ela esteve envolvida em processos contra pirataria e uso indevido de suas marcas, como ocorre atualmente com o caso contra o jogo Palworld, produzido pela desenvolvedora Pocketpair. Além disso, a Nintendo não hesita em atuar de forma proativa. Em disputas recentes, a empresa chegou a alterar patentes em pleno andamento de processos para fortalecer sua posição, uma decisão que reflete sua abordagem estratégica e meticulosa no campo jurídico.
Impacto e desdobramentos futuros
Embora esta ação tenha sido encerrada com uma vitória para a Nintendo, a Nacon ainda está recorrendo, o que mantém o pagamento da indenização suspenso. Casos como este revelam como disputas judiciais de propriedade intelectual podem levar anos — ou mesmo décadas — até uma resolução final. Esse desfecho fortalece o precedente legal em favor da proteção de patentes, o que pode influenciar decisões similares no futuro. Além disso, demonstra como a Nintendo permanece firme até obter um veredicto definitivo, mesmo que isso leve três gerações inteiras de consoles, como o Wii, Wii U e Nintendo Switch. Enquanto aguarda os desdobramentos do recurso, a Nintendo mantém sua postura: qualquer ameaça ao seu portfólio de marcas e patentes será combatida com rigor — sem pressa para desistir.
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