O Nintendo Switch 2 chamou atenção rapidamente desde o seu lançamento. Com 3,5 milhões de unidades vendidas em apenas quatro dias, a nova geração do console híbrido da Nintendo consolidou um início promissor.
Com melhorias significativas em relação ao modelo anterior, o Switch 2 se aproxima, em termos de poder computacional bruto, do Xbox Series S, segundo desenvolvedores do setor.
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Parâmetro técnico: do que estamos falando?
A comparação com o Xbox Series S partiu de Takuto Edagawa, produtor da Koei Tecmo, durante uma entrevista à Wccftech. Segundo o desenvolvedor, ainda que existam várias nuances técnicas, a performance bruta do Switch 2 se aproxima mais do Xbox Series S do que do PlayStation 4. Esse indicativo ressalta o quanto a Nintendo avançou tecnicamente com seu novo console portátil.
Alguns fatores justificam essa avaliação. Em primeiro lugar, o Switch 2 conta com um chip personalizado da Nvidia, que possui núcleos dedicados para ray tracing e inteligência artificial (RT Cores e Tensor Cores), permitindo recursos como DLSS e suporte gráfico muito além do que o primeiro Switch era capaz de entregar.
Terceiros podem confiar?
Uma das críticas recorrentes ao Switch original era a dificuldade de adaptação de jogos multiplataforma, limitando os lançamentos de grandes estúdios. Esse cenário pode mudar com o Switch 2. O novo console já chegou às lojas com títulos exigentes em sua biblioteca, como Cyberpunk 2077 da CD Projekt Red, sendo este um jogo notoriamente demandante em termos de hardware.
Além disso, com a promessa de trazer Call of Duty para o Switch — especificamente o Black Ops 7, que será lançado para PlayStation 4 e Xbox One — credita-se que o Switch 2 terá capacidade técnica suficiente para rodá-lo com fluidez, mesmo se não tiver ainda confirmação oficial de lançamento para o console da Nintendo.
O que muda com a nova arquitetura?
Os avanços de hardware fazem diferença crucial. O suporte a DLSS permite upscaling através de inteligência artificial, entregando melhor qualidade de imagem sem exigir o mesmo esforço computacional. O recurso de ray tracing, antes impensável em um console portátil, agora é uma realidade, trazendo luz dinâmica e sombras refinadas.
Junto a isso, a expectativa é que mais estúdios passem a considerar o Switch 2 como parte integrante de seus lançamentos, sobretudo se a base instalada continuar crescendo no ritmo atual.
Xbox Series S ainda é a referência de base
A Microsoft determinou que todos os jogos lançados para o Xbox Series X devem também rodar no Series S. Isso significa que os desenvolvedores já estão acostumados a criar versões otimizadas para um hardware mais limitado. Nesse sentido, se o Switch 2 realmente se aproxima da performance do Series S, há um bom indicativo de que a maioria dos jogos da geração atual também possam chegar ao novo console da Nintendo — com eventuais ajustes, mas sem cortes drásticos.
Essa possibilidade pode redefinir a relação da Nintendo com o mercado de jogos third-party, fortalecendo ainda mais sua posição competitiva no setor.
Impacto inicial e perspectivas
Com números recordes de vendas e alto interesse por parte de publishers, o Switch 2 caminha para ser mais do que uma simples evolução. A Nintendo parece ter compreendido as limitações do modelo anterior e apostado em uma arquitetura que, apesar de móvel e compacta, consegue entregar uma experiência digna da atual geração de consoles.
O fortalecimento do ecossistema com títulos de peso, combinado ao apelo portátil do híbrido, pode colocar o Switch 2 em uma posição estratégica e integrada ao mercado dominado por PlayStation e Xbox.
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