Final Fantasy X marcou uma geração quando foi lançado em 2001, sendo considerado por muitos um divisor de águas nos RPGs. Entre esses admiradores está ninguém menos que Yuji Horii, o criador de Dragon Quest, uma das franquias mais tradicionais do gênero.
Durante uma entrevista recente, Horii revelou que, mesmo sem enxergar Final Fantasy como um concorrente direto, reconheceu o impacto de FFX. Para ele, o título representou a “perfeição suprema” na trajetória da série da Square.
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Percepção de Yuji Horii sobre Final Fantasy X
Apesar da saudável rivalidade entre Dragon Quest e Final Fantasy, Horii sempre manteve uma visão respeitosa em relação à franquia da Square. Segundo ele, a diferença na abordagem narrativa é clara: enquanto os heróis de Final Fantasy têm personalidades e falas definidas, os protagonistas de Dragon Quest geralmente são silenciosos para que o jogador se projete neles.
Na entrevista à Game Informer, o criador japonês destacou que passou a acompanhar com mais atenção a franquia concorrente a partir do momento em que Final Fantasy X foi lançado. A construção visual, a integração da narrativa com as emoções dos personagens e a inovação técnica impressionaram o veterano desenvolvedor.
Narrativas distintas, impactos semelhantes
A análise de Horii também ilustra como Dragon Quest e Final Fantasy evoluem a partir de premissas diferentes. Dragon Quest aposta no clássico — mesmo em suas versões HD-2D, como no recente remake de Dragon Quest I & II —, enquanto Final Fantasy tende a experimentar novas mecânicas e abordagens gráficas mais ousadas a cada geração.
No caso de FFX, a presença marcante do protagonista Tidus, sua relação com Yuna e o aprofundamento do universo de Spira contribuíram para a visão de “perfeição” destacada por Horii. O uso de vozes dubladas pela primeira vez na série também foi um fator de inovação que conquistou o público.
A evolução de duas lendas dos RPGs
Mesmo após décadas, Dragon Quest e Final Fantasy seguem relevantes. Em 2025, os fãs receberam o remake HD-2D de Dragon Quest I & II, elogiado pela crítica, que ressaltou a capacidade do jogo em reequilibrar nostalgia e inovação. A IGN avaliou o título com nota 9/10, chamando-o de “uma conclusão bela para essa trilogia”.
Enquanto isso, a Square Enix se prepara para o lançamento de Final Fantasy VII Remake Part 3, sob a direção de Naoki Hamaguchi. O executivo afirmou recentemente que o novo capítulo buscará um ritmo mais conciso, sem comprometer o conteúdo, tentando resolver algumas críticas feitas ao extenso "Rebirth".
Influência mútua no mercado dos JRPGs
O que se destaca na fala de Horii é a admiração mútua entre criadores de universos que moldaram o gênero RPG no Japão. Mesmo com identidades distintas, Final Fantasy e Dragon Quest influenciam o desenvolvimento um do outro, gerando jogos que continuam a impactar novos jogadores e a valorizar seu legado.
A constatação de Horii reforça o reconhecimento do trabalho da equipe de Final Fantasy X, que, mais de duas décadas depois, ainda é lembrado como um dos pontos mais altos da franquia. Seu impacto permanece vivo, tanto no coração dos jogadores quanto entre criadores consagrados no mercado.
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