Lançado originalmente com recepção mista, Warhammer 40,000: Darktide voltou a atrair atenção após a chegada da nova classe Adeptus Arbites. Com essa atualização, o jogo registrou seu maior pico de jogadores simultâneos em anos.
Apesar do sucesso recente, o modelo de monetização da Fatshark voltou a ser duramente criticado. A venda de um simples capacete com visor levantado por US$ 5 reacendeu o debate sobre o valor dos cosméticos.
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A volta do interesse com a classe Arbites
A Fatshark lançou recentemente a classe Adeptus Arbites no Darktide, como parte do update Battle for Tertium. O conteúdo pago de US$ 11,99 não apenas introduziu novas mecânicas de combate com equipamentos icônicos da facção, mas também reorganizou o jogo base com mudanças significativas na progressão.
Agora, os jogadores iniciam uma campanha linear com narrativa clara, missões sequenciais e cinemáticas incorporadas. A intenção é facilitar o aprendizado para novatos, enquanto mantém os veteranos engajados com uma melhor estrutura de conteúdos desbloqueáveis.
O resultado dessa reformulação foi evidente. O game alcançou o maior número de jogadores simultâneos na Steam em dois anos, superando a marca de 43 mil. Ainda que a Fatshark não tenha revelado dados oficiais, o aumento de engajamento também foi percebido nos consoles.
A polêmica do capacete com visor levantado
Embora a nova classe seja elogiada, a Fatshark também introduziu conteúdos cosméticos pagos com a moeda do jogo, conhecida como Aquilas. Entre os itens à venda, um em especial gerou revolta: um capacete idêntico ao padrão, mas com o visor levantado, oferecido por cerca de 900 Aquilas — o equivalente a US$ 5.
A comunidade recebeu a novidade com desapontamento. O item não agrega funcionalidade adicional e tampouco traz mudanças visuais substanciais. Para muitos, trata-se apenas de um “acessório premium” que seria mais justo como opção desbloqueável ou gratuita.
Nas redes sociais e fóruns, a reação foi imediata. Em uma thread do Reddit com mais de 3 mil votos positivos, jogadores afirmam que esse é “o ápice da ganância” por parte da desenvolvedora. Outros ironizam a situação dizendo que “pagar para ver o rosto feio do personagem” não vale a pena.
A resposta da desenvolvedora
Diante das críticas, a Fatshark se posicionou por meio do gerente de marketing de produto, Rodrigue Delrue. Segundo Delrue, o estúdio precisa continuar comercializando itens cosméticos para manter o desenvolvimento do jogo ativo. No entanto, reconheceu que esse tipo de feedback ajuda a refinar as estratégias futuras.
“O preço dos cosméticos sempre exige equilíbrio. Como um jogo em constante evolução, precisamos manter o suporte sem deixar de considerar o que a comunidade avalia como justo”, afirmou.
Delrue também garantiu que o comprometimento com o Darktide segue firme após quase três anos de lançamento. Ele citou o contínuo suporte ao título Vermintide como exemplo do comprometimento da Fatshark com suas franquias, e confirmou que novas classes gratuitas e conteúdos adicionais estão em desenvolvimento.
Crescimento sustentado ou impulso momentâneo?
O crescimento de jogadores após o lançamento da atualização e DLC é um indicativo de que ainda há apetite por Warhammer 40,000: Darktide. No entanto, a capacidade do jogo de reter essa base depende da forma como a Fatshark equilibrará novos conteúdos com práticas de monetização mais aceitáveis.
A reação negativa à venda do visor é um reflexo da sensibilidade crescente dos jogadores em relação a itens considerados “cosméticos demais” para justificar o valor. Apesar disso, o fato de o conteúdo principal — como a classe Arbites — ter agradado é um ponto que joga a favor do título.
O futuro do game depende essencialmente da capacidade da desenvolvedora de manter esse equilíbrio. O suporte contínuo com atualizações gratuitas, aliadas ao lançamento de conteúdos pagos relevantes e bem planejados, pode ser o caminho para manter o sucesso renovado do título de pé.
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