Pathologic 3 promete uma abordagem inédita dentro da sua própria franquia ao introduzir um sistema de viagem no tempo que reduz a frustração típica da experiência anterior. Com isso, os jogadores poderão explorar livremente caminhos alternativos, sabendo que erros cometidos não significam um fim definitivo para sua jornada.
Essa nova mecânica tem o potencial de ampliar a base de jogadores, inclusive entre aqueles que desistiram dos títulos anteriores por sua dificuldade punitiva e permanência dos fracassos.
O que você vai ler neste artigo
Mecânica de viagem no tempo: nova estrutura narrativa
Diferente dos jogos anteriores, Pathologic 3 desvia da premissa da luta desesperada para salvar vidas em meio a uma epidemia e parte diretamente do fracasso. O protagonista Dankovsky se encontra em uma situação devastadora: sem apoio popular, medidas extremas já foram tomadas e os resultados são desastrosos.
É nesse contexto que o jogador poderá revisitar decisões passadas, utilizando um recurso chamado "Amálgama"para saltar entre dias específicos e tentar alterá-los. Com isso, não é mais necessário refazer todo o progresso ou reiniciar o jogo após um erro. Jogadores poderão, por exemplo:
- Saltar do Dia 5 para o Dia 3;
- Salvar um personagem "fadado à morte";
- Voltar ao Dia 5 e vivenciar os efeitos da alteração feita.
Esse sistema evita a frustração de perder todos os avanços por causa de uma escolha errada e incentiva experimentação.
Tom investigativo: narrativa personalizada
Em vez de simplesmente seguir uma linha linear de falhas e sucesso, o jogador assume o papel de Dankovsky prestando depoimento sobre suas ações, em uma espécie de interrogatório posicionado "no meio da história". Essa estrutura permite interpretar as decisões com mais nuance, sejam elas justificadas ou não.
Esse enredo interativo é ainda fortalecido por duas mecânicas principais:
- Amálgama, como explicado anteriormente, que viabiliza os saltos no tempo;
- Mapa mental, um sistema visual que apresenta as ramificações das decisões já descobertas, ajudando o jogador a entender a relação de causa e efeito entre eventos.
Um sistema que valoriza o aprendizado
Não se trata apenas de corrigir erros: algumas rotas só são desbloqueadas a partir da combinação específica de eventos. Ou seja, a experimentação se torna parte central da experiência, e não um obstáculo.
Jogadores precisarão equilibrar o uso de recursos escassos, como o próprio Amálgama, com decisões difíceis. A ideia, segundo os desenvolvedores da Ice-Pick Lodge, é evitar caminhos óbvios. Portanto:
- Não existirão opções claramente boas ou ruins;
- Algumas decisões exigirão sacrifícios morais;
- Erros podem trazer informações valiosas para novas tentativas.
Reação da comunidade e expectativa para o lançamento
A recepção inicial entre os seguidores da franquia e novos jogadores interessados é promissora. Enquanto para os veteranos o novo título resgata a densidade filosófica e a ambiguidade moral de Pathologic, para os iniciantes, a flexibilidade e possibilidade de reversão dos erros traz uma experiência menos opressiva.
Ao invés de provocar o abandono prematuro do jogo — algo bastante comum com Pathologic 2 — Pathologic 3 pretende encorajar o jogador a se aprofundar cada vez mais no enredo, incentivando revisão e tentativa a partir do conhecimento obtido.
Um novo paradigma na série Pathologic
Com esse novo conceito, Pathologic 3 se diferencia não apenas por narrativa e atmosfera, mas por permitir que os jogadores moldem seus caminhos de maneira mais orgânica e experimental, sem a ansiedade constante de derrota definitiva.
Ao desenvolver um jogo onde a falha não representa um fim, mas uma aprendizagem integrada à própria história, a Ice-Pick Lodge mostra como é possível fazer jogos desafiadores mais acessíveis, mantendo sua identidade artística e emocional intacta.
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