A temporada de 2025 começou diferente para os campeões mundiais de Rainbow Six Siege. Após um ano de instabilidade marcante em 2024, a equipe agora sob a bandeira da FURIA conquistou o R6 RELOAD com uma vitória incontestável diante da japonesa CAG Osaka, coroando a reestruturação e adaptação da lineup ao novo cenário competitivo instaurado pelo Siege X.
Herdsz e Nade, dois dos pilares da formação vencedora, falaram sobre a complexa jornada de retorno ao topo. Após uma fase de insegurança e maus resultados, a conquista no Rio de Janeiro sinaliza a retomada do nível dominante que consagrou o grupo em títulos anteriores ainda pela W7M.
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O desafio de reconstrução após o auge
Depois de um ano consagrador em 2023 com dois títulos de Major — Atlanta e Copenhague — e a conquista do Six Invitational de 2024, o elenco enfrentou sua pior fase após a mudança para a FURIA. A adaptação ao novo formato organizacional e uma nova rotina de treinos pesaram. Além disso, o meta do Rainbow Six passou a exigir mudanças táticas profundas, e os resultados não acompanharam.
A ausência no Major de Montreal, consequência de uma derrota dolorosa para a Black Dragons, foi o ponto mais crítico da crise. Herdsz revelou que o momento quase levou à dissolução da lineup. “Ficamos em choque. Foi como cair na real de que já não éramos mais o melhor time do mundo, e que algo urgente precisava mudar”, relatou o jogador, enfatizando o impacto psicológico da má fase.
Siege X muda o jogo e exige reinvenção
A chegada do Siege X, maior atualização da história do game, exigiu tempo de adaptação e trouxe transformações impactantes no cenário competitivo. Entre as alterações mais sentidas pelo elenco da FURIA, Herdsz destacou o novo sistema de som, que passou a oferecer mais precisão táctica por meio de ruídos de movimentação, e as mudanças no sistema de banimento, que agora ocorrem a cada rodada e não mais no início das partidas.
Essas transformações trouxeram desafios técnicos à equipe, que precisou revisar estratégias e até readaptar funções dos jogadores. Para Nade, esse processo coincidiu com outras mudanças internas, como o fim da convivência em gaming house e a transição para uma rotina de office. “Passamos a lidar com nossas vidas separadamente, morando cada um em sua casa. Parece simples, mas isso exige nova disciplina e ajuste no dia a dia de treinos”, explicou.
O preço da visibilidade e o alvo no peito
A combinação de títulos consecutivos e visibilidade tornaram o elenco altamente estudado por adversários. “Sabíamos que após tantos títulos, todos iriam nos estudar até o limite. E isso aconteceu. Estávamos sendo lidos com facilidade, e o novo meta dos escudos nos encontrou mal preparados”, afirmou Nade. O time também lidou com oscilações, como queda nas quartas de final do Major de Manchester e a derrota na semifinal da Esports World Cup para a BDS.
A não classificação para o Major de Montreal foi o estopim para a mudança de postura. Diálogos internos intensos, reformulação de táticas e postura mais incisiva entre os atletas marcaram o período de virada. “Encerramos as férias mais cedo. Queríamos nos reestruturar e voltar ao topo. E conseguimos”, disse Nade, reforçando a importância do esforço coletivo.
Título com a FURIA renova a confiança
O título do R6 RELOAD marcou mais do que uma conquista: representou o retorno da confiança para Herdsz, Nade e todo o elenco. A vitória, com um dominante 3 a 0 na grande final jogada no Brasil, acrescenta um novo marco histórico à carreira dos jogadores, ao mesmo tempo que reafirma o potencial dessa nova fase com a FURIA.
“Conquistar nosso primeiro título internacional com a FURIA era um grande objetivo. Tiramos esse peso das costas e mostramos que ainda somos um dos times mais fortes do mundo”, declarou Herdsz.
A torcida brasileira também foi apontada como um diferencial durante a campanha. “Ganhar com a torcida do nosso lado, vivendo a energia do público a cada round, é algo que torna cada vitória mais prazerosa. Sentimos que o público está com a gente”, concluiu Nade.
Agora, o elenco volta os olhos às próximas competições com a ambição de manter-se na elite e adicionar novos títulos à já vitoriosa história dessa lineup. O recado foi claro no Rio: a FURIA voltou a rugir no Rainbow Six.
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