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Diretor de Clair Obscur revela seus jogos favoritos

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Diretor de Clair Obscur revela seus jogos favoritos — Guillaume Broche, diretor de Clair Obscur, destaca seus jogos favoritos, como Persona 3, que influenciaram sua visão criativa.

A rápida ascensão de Clair Obscur: Expedition 33 ao topo das paradas, com mais de um milhão de unidades vendidas em poucos dias, gerou curiosidade tanto entre os jogadores quanto na crítica especializada. Parte desse sucesso pode ser creditada à forte identidade artística do jogo e à visão criativa de Guillaume Broche, CEO da Sandfall Interactive.

O diretor revelou em uma publicação oficial alguns dos jogos que mais influenciaram sua trajetória como desenvolvedor. A lista traz desde RPGs marcantes até experiências sensoriais intensas, que ajudam a entender as escolhas criativas por trás do mundo surreal e do sistema de combate tático de Expedition 33.

Persona 3: Narrativa e identidade estilizada

Lançado originalmente pela Atlus, Persona 3 é uma referência constante quando se fala em RPGs com profundidade emocional e visual marcante. O título conquistou audiência ao unir temas adultos como depressão, morte e identidade com uma estética urbana estilizada e mecânicas sociais inovadoras.

Essa combinação de elementos parece ter ecoado na criação de Clair Obscur, especialmente no tratamento de temas psicológicos e na construção do cotidiano dos personagens. A densidade emocional do jogo, somada à sua aura misteriosa, representa um legado direto da franquia Persona – especialmente notável na versão atualizada, Persona 3 Reload.

Devil May Cry: Ação estilizada e precisão no combate

Em contraste com a introspecção de Persona 3, Devil May Cry traz um ritmo frenético, com foco total na ação estilizada. A influência desse clássico da Capcom pode ser percebida na fluidez e impacto das batalhas em Clair Obscur, onde o timing e o posicionamento são fundamentais.

Na edição Devil May Cry 5: Special Edition para PS5, a franquia demonstrou que é possível equilibrar espetáculo visual com profundidade técnica. Essa abordagem influenciou diretamente na construção do sistema de combate tático de Expedition 33, que exige estratégia, sim, mas também recompensa reflexos e boas decisões do jogador.

Demon’s Souls: Desafio e atmosfera sombria

A reimaginação do icônico Demon’s Souls no PS5 revitalizou o interesse pelo subgênero popularizado como Soulsborne. O jogo, marcado por sua dificuldade punitiva e exploração densa, estabeleceu um novo padrão para games que colocam o jogador em constante estado de alerta.

Clair Obscur canaliza grande parte dessa tensão em seus combates e ambientações. O design dos cenários e a construção do mundo transmitem uma sensação de decadência e grandiosidade semelhante, convidando o jogador a superar obstáculos severos enquanto descobre a história fragmentada ao seu redor.

Journey: Emoção por meio da simplicidade

Por outro lado, o diretor também demonstrou grande apreço por uma experiência mais introspectiva e visualmente poética. Journey, premiado título da Thatgamecompany, é conhecido por seu minimalismo narrativo e sua capacidade de evocar emoção pura apenas com música, cor e movimento.

É possível perceber essa influência em momentos de Clair Obscur em que o silêncio e a contemplação assumem protagonismo. Essas pausas na ação acentuam o peso dramático da história e dão ao jogador a oportunidade de refletir, uma escolha rara e corajosa em um RPG tático moderno.

Final Fantasy VIII: Complexidade e inovação

Fechando a seleção de forma emblemática, Final Fantasy VIII representa uma fase ousada da série da Square Enix. Entre seus destaques estão o sistema de receitas de magias via “junction”, personagens multifacetados e uma trama que mistura viagem no tempo com emoções adolescentes.

A influência sobre Clair Obscur se revela tanto na ambição narrativa quanto em sistemas mecânicos que subvertem expectativas. Mais do que inspiração, a escolha de FFVIII sinaliza a admiração de Guillaume Broche por jogos que desafiam convenções e buscam novas formas de envolver o jogador.

Um mosaico de influências e identidade própria

Guillaume Broche construiu Clair Obscur: Expedition 33 como uma obra autoral enraizada em décadas de evolução dos videogames. A seleção de seus favoritos mistura ação, introspecção, dificuldade e inovação – pilares que sustentam uma experiência que conquistou tanto a crítica quanto o público.

O resultado é uma jornada que honra o passado sem se prender a fórmulas, demonstrando como paixão e referências bem escolhidas podem se transformar em algo genuinamente novo.

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