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Windows 10 e 11 em celulares Android: modelos compatíveis e funcionamento

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Windows 10 e 11 em celulares Android: modelos compatíveis e funcionamento — Windows 10 e 11 agora podem rodar em celulares Android! Confira modelos compatíveis e detalhes do Project Renegade.

Instalar versões completas do Windows 10 e 11 em celulares Android deixa de ser um feito teórico para se tornar realidade prática. A iniciativa recebe o nome de Project Renegade e está sendo executada de forma colaborativa por entusiastas da comunidade de código aberto.

Com isso, smartphones equipados com alguns processadores Snapdragon passaram a suportar a instalação não só do sistema operacional da Microsoft como também de jogos pesados e recursos gráficos avançados.

Como o Windows funciona em celulares Android?

Enquanto a Microsoft ensaiava uma versão do Windows para dispositivos portáteis, o Project Renegade tomou a frente, viabilizando sua execução em modelos com chips como Snapdragon 845 e 850. A semelhança entre esses processadores — um tradicionalmente voltado para celulares e o outro para PCs ARM — é a chave para esse avanço.

Ao desbloquear o bootloader e substituir alguns drivers, a equipe conseguiu rodar o sistema em aparelhos que originalmente usam Android, com acesso a uma ampla gama de funcionalidades:

  • Exibição na tela interna e suporte a toque
  • Conectividade via Wi-Fi, Bluetooth e 4G
  • Portas USB funcionais, para mouse, teclado e até armazenamento externo
  • Aceleração de GPU em diversos modelos, permitindo rodar jogos como Crysis 3, Counter-Strike e Tomb Raider
  • Armazenamento interno (UFS) e suporte a cartões SD

Contudo, há limitações perceptíveis. A câmera raramente funciona, o consumo de memória é alto, e sensores como GPS e giroscópio oferecem respostas limitadas ou nem sequer são reconhecidos.

Quais celulares são compatíveis com o Project Renegade?

A compatibilidade depende diretamente do chipset. Dispositivos com processador Snapdragon 845 ou 850 têm maiores chances de sucesso na instalação. A versão atual do projeto suporta oficialmente os seguintes modelos:

  • OnePlus 5, 5T e 6
  • LG G7, G7+ e G8x ThinQ
  • PocoPhone F1
  • Samsung Galaxy S9 e Note 9
  • Google Pixel 3
  • Dispositivos da linha Lumia e Surface Duo (parcialmente)

Com base na tabela do projeto, os dispositivos são classificados por status de suporte:

Status

Significado

Y (verde)

Suporte completo e funcional

P (amarelo)

Suporte parcial ou com bugs

W (azul)

Em desenvolvimento ou fase de testes

N (vermelho)

Incompatível (sem suporte possível)

U (cinza claro)

Status desconhecido

N/A (cinza escuro)

Informação atualmente indisponível

Modelos com suporte parcial podem apresentar falhas esporádicas como falta de áudio, conexão instável ou falhas gráficas. A equipe usa fóruns e repositórios abertos para relatar avanços e lançar atualizações de compatibilidade.

Desempenho e limitações encontradas até agora

Já há evidências de que o desempenho, embora impressionante, esbarra nas limitações físicas dos smartphones. Um dos exemplos é o OnePlus 6T, aparelho onde o Windows 11 chegou a rodar com relativa fluidez. Entretanto, a memória RAM de 8 GB foi crucial para dar conta da carga do sistema e recursos pesados, como ray tracing, sem travamentos.

Aliás, o ray tracing realmente está funcional em alguns modelos, com suporte à aceleração por GPU. Contudo, sua execução compromete boa parte da RAM disponível e, por ser uma tecnologia exigente, pode reduzir a autonomia da bateria drasticamente.

Outros desafios incluem:

  • Alta latência na exibição via Wi-Fi em monitores externos
  • Instabilidade em multitarefa pesada
  • Drivers genéricos que limitam o uso completo do chip gráfico
  • Desligamentos ocasionais durante o uso prolongado

Mesmo com esses obstáculos, a comunidade destaca que o projeto é um grande avanço, com atualizações frequentes e enorme potencial para uso alternativo de aparelhos Android antigos.

Próximos passos do Project Renegade

O foco atual dos desenvolvedores é melhorar o suporte para periféricos e conexões via HDMI ou USB-C, de modo que o celular atue como uma CPU portátil. A ideia é futuramente ligar o telefone a um teclado, mouse e monitor para simular um ambiente completo de desktop — movimento semelhante ao Samsung DeX, mas com o Windows como sistema-base.

Além disso, há esforços para:

  • Ampliar o suporte a novos modelos com Snapdragon 855/865
  • Corrigir funções sensoriais, como GPS, giroscópio e câmera
  • Reduzir o consumo de energia em segundo plano
  • Tornar o processo de instalação mais acessível para o público leigo

Apesar de não ter fins comerciais, o Project Renegade serve como prenúncio de um novo vínculo entre hardware móvel e sistemas operacionais robustos. Isso também impulsiona iniciativas com Windows ARM nativo em dispositivos compactos e híbridos.

Para os interessados em testar ou acompanhar os avanços, o site oficial oferece as instruções e ferramentas necessárias para cada modelo: renegade-project.tech. É recomendado conhecimento prévio sobre bootloaders, drivers personalizados e riscos de brick (falha irreversível do aparelho).

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