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USB 2.0 completa 25 anos de uso

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USB 2.0 completa 25 anos de uso — USB 2.0 completa 25 anos e ainda é essencial em PCs atuais, mesmo com tecnologias mais avançadas disponíveis.

O USB 2.0 está comemorando 25 anos e, surpreendentemente, ainda é uma presença constante nos PCs modernos. Mesmo com as evoluções tecnológicas, esse padrão continua útil em diversas situações.

Encontrá-lo nos sistemas mais poderosos demonstra o quanto essa tecnologia de longa data ainda é relevante para o funcionamento eficiente dos computadores atuais.

O surgimento e a evolução do USB 2.0

Anunciado oficialmente no ano 2000, o USB 2.0 foi uma evolução natural da primeira versão do Universal Serial Bus, lançada ainda em 1996. Sua principal inovação foi o aumento da taxa de transferência de dados para 480 Mbps, muito superior aos 12 Mbps oferecidos pelo USB 1.1.

Durante o final da década de 1990, a adoção do USB ainda era tímida, mas isso mudou rapidamente após o lançamento do Windows 98 e do iMac, da Apple, que passaram a incorporar o novo padrão nativamente. A presença de suporte robusto de hardware e software impulsionou o USB rumo à dominância nos computadores.

No entanto, a escolha de nomes para as diferentes velocidades, como "Full Speed" para o USB 1.1 e "High Speed" para o USB 2.0, acabou gerando confusões que perduram até hoje.

Por que o USB 2.0 ainda é usado?

Apesar de existirem versões mais rápidas, como o USB 3.0, 3.2 e USB4, a permanência do USB 2.0 se baseia em vários fatores técnicos e econômicos:

  • Facilidade de implementação: Integrar USB 2.0 a uma placa-mãe é simples e consome poucos recursos do chipset principal.
  • Baixo custo: As conexões USB 2.0 exigem menos materiais e design de circuito mais simples.
  • Compatibilidade ampla: Milhões de dispositivos periféricos ainda operam plenamente em portas USB 2.0.
  • Suficiência para tarefas básicas: Teclados, mouses, webcams e impressoras continuam funcionando perfeitamente nessa velocidade.

Mesmo em placas superiores, como a Asus ROG Strix B850-F Gaming WiFi, é possível observar a presença de um ou dois conectores USB 2.0, principalmente para o painel frontal dos gabinetes.

Problemas e curiosidades do USB 2.0

O USB 2.0 não esteve livre de críticas e defeitos ao longo de sua existência. Alguns dos pontos destacados incluem:

  • Conector Tipo-A: Não é reversível, obrigando o famoso "ritual" de tentar encaixar o cabo três vezes antes de acertar.
  • Limitações de velocidade: Atualmente, 480 Mbps não impressionam diante das taxas de até 40 Gbps oferecidas pelo Thunderbolt 4 e USB4.
  • Capacidade energética reduzida: Comparado aos novos padrões, o USB 2.0 entrega cargas muito mais limitadas para alimentação de dispositivos.

Apesar disso, sua confiabilidade e o fato de ainda atender muitas necessidades básicas continuam reforçando sua presença no mercado.

Comparações com outras tecnologias da mesma época

Vale destacar que o USB 2.0 não é a única tecnologia "veterana" ainda utilizada. Alguns outros exemplos incluem:

  • SATA: Implantado também no início dos anos 2000, serve principalmente para conectar discos rígidos e SSDs.
  • PCI Express (PCIe): Idealizado em 2003, hoje evoluiu para versões como PCIe 4.0 e 5.0, embora compatível com versões anteriores para economia de energia.

Na maior parte dos PCs modernos, é raro encontrar SATA e PCIe operando em suas versões originais, ao contrário do que acontece com o USB 2.0.

O futuro do USB 2.0

Embora seja improvável que o USB 2.0 alcance os 50 anos em uso comercial, é razoável acreditar que ele sobreviverá até o final da década. A migração completa para portas exclusivamente USB 3.0 ou superiores ainda levará algum tempo, especialmente enquanto fabricantes continuarem considerando custo-benefício e compatibilidade.

O USB 2.0 é, portanto, uma verdadeira lenda viva no universo dos PCs — uma peça de tecnologia que, mesmo em uma indústria obcecada por velocidade e inovação, conquistou seu lugar definitivo na história.

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