A aguardada funcionalidade de banimento de heróis enfim chegou ao competitivo de Overwatch 2 na 16ª temporada. A novidade dá aos jogadores a chance de eliminar estrategicamente até quatro personagens por partida, acirrando disputas e provocando reações intensas entre a comunidade.
A mudança, que há anos era pedida por fãs, abriu espaço para uma nova camada de estratégia — mas também despertou o lado mais vingativo de muitos. Afinal, todos têm aquele herói que prefeririam nunca mais ver em jogo.
O que você vai ler neste artigo
Como funcionam os bans em Overwatch 2
O novo sistema de banimento permite que cada equipe vete dois heróis antes do início das partidas competitivas. Contudo, há uma limitação importante: apenas dois heróis por função (tanque, dano ou suporte) podem ser banidos por partida, impedindo que uma função inteira seja inutilizada.
O processo é coletivo. Os jogadores votam em quais campeões gostariam de retirar da partida. A contagem é feita e, com base nos votos, o jogo seleciona os mais votados para o veto. Essa fase ocorre antes da seleção de personagens, o que torna a etapa ainda mais decisiva para estratégias em equipe.
De acordo com a Blizzard, essa novidade não apenas nivela o campo de batalha, como também permite inovações táticas e minimiza desgastes causados por composições repetitivas ou metas dominantes. A promessa é de partidas mais dinâmicas e disputadas.
Comunidade celebra… e se irrita
Se por um lado o recurso permite evitar matchups desfavoráveis ou heróis com vantagem exagerada, por outro, muitos usuários já relatam frustrações ao verem seus personagens favoritos constantemente excluídos.
No Reddit, a discussão sobre quais heróis devem ou não ser banidos revelou grande repulsa por certas escolhas. Doomfist, por exemplo, é um dos personagens mais votados para banimento, descrito como “um incômodo inabalável” que pode facilmente controlar uma partida se dominado por um jogador habilidoso.
Entre as reclamações, destacam-se comentários como:
- “Se ele está no time inimigo, vira um tormento impossível de matar.”
- “No meu time, ele ignora qualquer contrapick e insiste que vai carregar solo.”
Entretanto, não é só Doomfist que está sendo banido com frequência. Diversos jogadores de tanque têm votado para remover Ana, pois sua granada biótica e dardo sonífero têm forte impacto contra heróis frontais, especialmente nos duelos de curta distância.
Estratégia ou vingança?
O novo sistema de banimentos amplia o leque estratégico, mas também abriu espaço para a atuação emocional dos jogadores, que agora podem remover aqueles heróis que mais os irritam — independentemente de impacto real na meta ou na composição inimiga.
É aqui que o sistema revela um lado mais caótico: muitas eliminações são motivadas por questões pessoais ou frustrações passadas, não necessariamente por uma análise racional das necessidades da equipe.
Para alguns jogadores veteranos, isso representa um risco: a centralização dos bans em poucos personagens pode sufocar a diversidade e prejudicar quem se especializou em heróis frequentemente removidos. Jogadores que têm um pool mais restrito de personagens precisam agora desenvolver alternativas para manter sua performance.
O impacto estratégico dos bans nas partidas
Ainda que os banimentos tenham um viés emocional em muitos casos, seu efeito sobre as partidas é inegável. Equipes agora têm a oportunidade de:
- Neutralizar contrapartidas diretas: evitando heróis que anulem seus melhores jogadores.
- Criar composições inovadoras: ao eliminar peças-chave do meta, novas estratégias ganham viabilidade.
- Proteger sinergias: removendo heróis que ameaçam os combos ou a sobrevivência do time.
- Desestabilizar o psicológico adversário: ao banir personagens favoritos de determinados jogadores.
Esses elementos trazem uma nova camada ao competitivo, que agora exige um conhecimento mais profundo da composição dos times e das preferências do adversário.
O que esperar das próximas temporadas
Com a introdução dos bans na 16ª temporada, o panorama competitivo de Overwatch 2 deve mudar nos próximos meses. A Blizzard prometeu acompanhar o impacto da mecânica e, se necessário, aplicar ajustes.
Um dos elementos mais observados será a taxa de banimento por herói. Dependendo de como essa métrica evoluir, é possível que a empresa tome medidas adicionais — como limitar a frequência com que um personagem pode ser vetado ou implementar rodízios periódicos.
Por enquanto, a novidade vem agradando tanto os que valorizam estratégia quanto os que cultivam uma boa dose de revanche pessoal. Seja por necessidade tática ou por simples ranço acumulado, o sistema de banimento reforça que, em Overwatch 2, o jogo começa muito antes do primeiro tiro ser disparado.