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Phil Spencer e o futuro das adaptações de jogos da Microsoft

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Phil Spencer e o futuro das adaptações de jogos da Microsoft — Phil Spencer afirma que jogos não precisam de adaptações para o sucesso, mas promete mais projetos da Microsoft no futuro.

A indústria do entretenimento segue cada vez mais interessada no potencial cinemático dos videogames, com adaptações de grandes franquias surgindo em ritmo acelerado. Apesar disso, há vozes dentro do próprio setor que questionam essa tendência como necessidade.

Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, defende que os jogos são fortes o suficiente por si só e não precisam, necessariamente, de adaptações em filmes ou séries de TV para se validarem ou prosperarem comercialmente.

Crescimento das adaptações de jogos

Nos últimos anos, Hollywood encontrou nas franquias dos jogos uma fonte promissora de bilheteria. Exemplos abundam: The Super Mario Bros. Moviearrecadou mais de US$ 1,3 bilhão em 2023, enquanto os três filmes do Sonicsomaram cerca de US$ 1,5 bilhão no total. Mesmo a criticada série de filmes Resident Evilacumulou mais de US$ 1 bilhão mundialmente.

Diante desse cenário, muitos estúdios procuraram garantir os direitos de adaptação de títulos populares. Entre os casos recentes estão um segundo reboot de Resident Evile uma nova fase para a adaptação de Just Cause, em desenvolvimento desde 2011.

Posição de Phil Spencer: Autonomia dos jogos

Phil Spencer, em entrevista à revista Variety, destacou que o mercado de jogos já é lucrativo e criativo por conta própria. Segundo ele, a indústria não deveria se sentir obrigada a transformar cada franquia em uma obra audiovisual, alertando para o risco de tornar esse processo um simples exercício de licenciamento.

Apesar da declaração, Spencer reconhece o sucesso de adaptações como o filme de Minecraft, que ultrapassou US$ 500 milhões nas bilheteiras internacionais e já garantiu uma sequência. A série de Fallout, também da Microsoft após a aquisição da Bethesda, recebeu aclamação crítica e teve uma segunda temporada confirmada.

Contradições e o papel da Microsoft

Curiosamente, mesmo defendendo que jogos não precisam seguir o caminho de adaptações, Phil Spencer confirmou que mais projetos estão em andamento. Segundo ele, o aprendizado obtido com produções como Haloe Fallouttem fortalecido a confiança da empresa nesse segmento.

Contudo, o executivo mantém cautela sobre revelar detalhes, ressaltando que os projetos estão em fases criativas iniciais e não devem ser pressionados. A posição da Microsoft demonstra um equilíbrio entre aproveitar a valorização das propriedades intelectuais e não comprometer a integridade das marcas apenas por retorno financeiro imediato.

Riscos, aprendizados e perspectivas

A própria Microsoft já experimentou sucessos e fracassos nesse campo. A adaptação de Halo, por exemplo, dividiu opiniões e teve críticas quanto à fidelidade ao material original, embora tenha ganhado uma segunda temporada. Já Fallout, criada com tom mais narrativo e estético alinhado aos jogos, obteve melhor recepção.

Esse contraste evidencia que transformar um jogo em outro formato exige mais que orçamento: é necessário sensibilidade criativa e respeito aos fãs. Segundo Spencer, parte do processo inclui aceitar que "algumas adaptações vão falhar", encarando essas situações como oportunidades de crescimento.

O futuro das adaptações de jogos da Microsoft

Enquanto os grandes estúdios de cinema buscam novas apostas em jogos bem-sucedidos, a Microsoft parece determinada a atuar com maior critério. Spencer acredita que, com o tempo e aprendizados acumulados, novos projetos poderão alcançar equilíbrio entre autenticidade e apelo comercial.

  • O filme de Minecraftjá prepara sua continuação.
  • Uma série baseada na franquia Minecraftestá em desenvolvimento pela Netflix.
  • A série de Falloutteve a segunda temporada aprovada.
  • Mais adaptações estão sendo planejadas, sem detalhes divulgados.

Com a promessa de que "mais virão", Spencer aposta em iniciativas bem elaboradas, sem cair na armadilha de que todo jogo precisa, obrigatoriamente, de um equivalente em outra mídia. Em meio à euforia das adaptações, a Microsoft segue expandindo sua presença, mas com os dois pés no chão.

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